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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Operação Porneía: três presos em Patos na maior rede de exploração sexual do Sertão


Alexandre, líder da rede
Karla
Prostitutas de luxo eram agenciadas por valores que chegavam a mil reais
O GTE Grupo Tático Especial da 5ª Superintendência de Polícia Civil de Patos, depois de quatro meses de investigações, prendeu no dia de hoje três pessoas envolvidas numa rede de prostituição de garotas de luxo, que tinham como clientela políticos, funcionários públicos, inclusive professores universitários, e empresários de Patos, região e dos vizinhos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Na operação denominada Porneía, traduzida do grego, prostituição, coordenada pelo delegado da Depol de Princesa Isabel, Cristiano Araújo, foram presos José Fernando de Oliveira Neto, Lúcia Karla Leite Dias e Bruno Alexandre Silva de Sousa, este último responsável pelo comando da rede de prostituição, que possuía um catálogo de mais de vinte garotas, boa parte delas universitárias, comerciárias de Patos, a base de toda a rede. Foram cumpridos os três mandados expedidos pela juíza da 2ª Vara de Patos, Socorro Hilário Lacerda Felinto.
Garotas, inclusive menores, tanto de Patos como de João Pessoa, Campina Grande Recife eram agenciadas pelos aliciadores e faziam esse trabalho itinerante, segundo Cristiano Araújo, se deslocando para outras localidades, à escolha dos clientes, principalmente para o Rio Grande do Norte. A rede sobrevivia com uma clientela elitizada, na qual figura empresários, políticos e funcionários públicos de classe média a classe média alta. Tudo era agendado por telefone, através de Alexandre, que contava com o auxílio de Karla e Fernando, bastante conhecidos na cidade por essa prática.
A movimentação era intensa na residência de Alexandre, que recebia um terço do valor cobrado por programa. Quando se tratava de prefeito, o preço do programa subia de algo em torno de R$ 300,00 para R$ 1.000,00. Eram oferecidas garotas loiras, morenas, ruivas, de acordo com o gosto do cliente. O delgado não descarta a possibilidade do uso de drogas durante as “festinhas”, apesar de não ter encontrado provas. Os motéis em Patos eram os locais para onde as garotas eram levadas com maior assiduidade pelos clientes em seus carrões de luxo.
As investigações que culminaram com a prisão do trio aliciador começou há quatro meses, a partir das informações colhidas durante uma outra operação, denominada de Operação Fachada, que descobriu o desvio de cargas no Sertão paraibano. “O principal perfil das garotas é de universitárias, com nível superior, especialização, de bom nível socioeconômico, que não viviam na miséria e gostam do que fazem. A gente acredita que outras pessoas estejam envolvidas nessa rede de prostituição. Teremos dez dias para concluir essas investigações”, comentou Cristiano. Enfatizou que o turismo sexual em Patos é intenso e atrai também garotas de outras localidades para esse comércio, que torna esta cidade um verdadeiro paraíso sexual.
Os réus vão responder por favorecimento à prostituição e incentivo à prostituição de adolescentes (art.228,DO CPB c\c art.244-A DO ECA ). Segundo Cristiano a maioria das mães dessas garotas envolvidas nessa rede sabe que elas estão envolvidas na prática da porneía, mas que desconhece que as mesmas se prostituem em troca de dinheiro. A Polícia estima que Alexandre administre essa rede há cinco anos na cidade de Patos.
Não é a primeira vez que Patos aparece no cenário estadual e até nacional em destaque pela existência do comércio sexual, que envolve inclusive menores. As campanhas desencadeadas não surtem o efeito pretendido. A prova disso é o fortalecimento de redes de exploração sexual como esta desbaratada pela Civil. 
garimpando com pbnoticias.com
Fotos e Texto:Marcos Eugênio
               

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