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domingo, 23 de maio de 2010

Quixabrega: Fim de festa



O congestionamento na estrada que dá acesso à cidade de Quixaba neste sábado definia o que seria esse segundo e último dia do Quixabrega, evento que se solidifica a cada edição, atraindo gente de diversos municípios da região e estados vizinhos, saudosistas, interessados em recordar velhos sucessos que marcaram determinados momentos de suas vidas na voz de grandes nomes do brega, estilo romântico que jamais morrerá no gosto popular.
O primeiro a subir ao palco foi a personagem Jardilene, que descontraiu o imenso público com o deboche, um aperitivo do que será seu mais novo DVD, enquanto as atrações da noite se preparavam para contagiar o público. Zé Ribeiro, com seus 43 anos de carreira artística, trouxe para Quixaba um repertório bastante conhecido dos bregueiros, que cantaram com ele clássicos a exemplo de A Beleza da Rosa, Apenas um trago (Bom dia Meu Amor), Na Porta da Cozinha, dentre muitos outros.
No show seguinte, o homem da Cadeira de Rodas, Fernando Mendes, trouxe os fãs para bem próximo do palco, onde, espremidos, cantaram seu repertório e sempre fazendo pedidos, buscando a interação com artista, que apresentou pérolas de sua discografia, como “Sorte tem quem acredita nela”, “Menina do Subúrbio”, “Prece ao Vento”, “Menina”, foram algumas que causaram frisson naqueles que tiveram momentos marcados por tais canções. O compositor/cantor, que apareceu no cenário nacional com o LP A Desconhecida, em 1973, autor de músicas regravadas por diversos artistas, só para citar, Caetano Veloso, que deu linda roupagem a Você não me ensinou a te esquecer, trilha do filme Lisbela e o prisioneiro, saiu aclamado do Quixabrega.
A noite corria apressadamente e o povo parecia querer que o tempo parasse para que os  últimos momentos da festa se prolongassem ao máximo. Isso porque ainda tinha Reginaldo Rossi e Labaredas, duas atrações de Recife que prometiam muito e não decepcionaram.
Reginaldo, que jamais pode ficar de fora do Quixabrega, segundo o prefeito Julio Cesar, pela magia que possui de interagir com o público, e pelo conjunto de sua obra, mais uma vez levantou os bregueiros, que ouvia atentamente as explicações do veterano bregueiro sobre o comportamento do homem e da mulher, de certa dose de humor.  
A Banda Labaredas, última a subir no palco, surgiu em Abreu e Lima, grande Recife, em 1982, tendo no currículo a gravação de três CDs e 14 DVDs. Segundo Mitó, guitarrista e vocal, o grupo, que realiza cerca de 20 a 25 shows por mês, iniciou cantando nos cabarés de Abreu e Lima. Lamentou a falta de apoio em sua terra natal. “Aqui na Paraíba as prefeituras, a exemplo de Quixaba, dão total apoio ao brega, um estilo que o povo gosta de ver e ouvir, uma prova disso é este maravilhoso evento em Quixaba”, comentou.
A cidade de Quixaba se despediu do Quixabrega 2010, ficando no ar os últimos acordes de Labaredas e a perpectiva de mais uma edição em 2011, com a certeza do dever cumprido em prol da cultura e a busca pelo desenvolvimento local, num evento que teve a colaboração do Ministério do Turismo e patrocinadores que acreditaram mais uma vez no sucesso do Quixabrega.
Este ano a Prefeitura Municipal se preocupou ainda mais com a segurança do Quixabrega. Além da presença marcante das polícias Militar e Civil, uma empresa de segurança eletrônica fez durante os dois dias de evento o monitoramento de todo o perímetro da festa através de várias câmeras, sistema de comunicação de rádio.
Uma novidade do Quixabrega 2010 foi a tenda eletrônica montada na praça central, onde DJ CidMix comandou a festa alternativa para muitos jovens. O prefeito Julio Cesar fez um balanço bastante positivo do evento bregueiro. “Este ano tivemos mais tempo para pensá-lo, diferentemente de 2009, quando idealizamos e o realizamos praticamente tudo em um mês. Pudemos corrigir falhar, organizar melhor o evento para que o público desfrutasse de uma programação à altura dos objetivos a que o evento se propõe”, comentou.
Assessoria

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