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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Saúde diz que momento é de muita preocupação com possíveis surtos de doenças



Chuvas em Patos

As chuvas deram uma boa trégua e o sol voltou a reinar nos céus de Patos, depois da enxurrada da última segunda-feira, 13, quando foram registrados mais de 280 milímetros em menos de cinco horas, deixando um saldo de 500 desabrigados e 1500 desalojados, além de 30 imóveis destruídos. Muitos tiveram perda total de móveis e eletrodomésticos. Alguns prédios públicos estão servindo de abrigo para as vítimas, a exemplo do CAIC, Centro Social Urbano e Centro de Treinamento Maria Maniçoba. Os familiares também foram importantes abrigando seus parentes.
Mas, enquanto muitos começam a recuperar seus imóveis e tentam voltar à rotina, os órgãos de saúde fazem um alerta sobre o perigo de surto de doenças, como leptospirose, meningite, febre tifóide e hepatite A. Para tratar desses assuntos e traçar um plano de contingência de vigilância em saúde, aconteceu ontem na sede da 6ª Regional de Saúde, com representantes de todos os setores da saúde de Patos, encontro, que teve participação também do pessoal de epidemiologia do Estado.

O secretário de Saúde do Município, José Francisco de Sousa (Zeca), disse que essas enchentes de Patos foram algo atípico, pelo volume registrado, e como consequência causou fortes estragos materiais e emocionais em grande parte da população. Inclusive alguns funcionários da saúde foram vítimas da enxurrada. A Secretaria antecipou salários, distribuiu cestas básicas e houve apoio comunitário aos servidores, para que pudessem voltar ao trabalho com um pouco de segurança.
O momento crítico foi debatido pelos profissionais de saúde, que fizeram alguns encaminhamentos, como solicitar do Ministério da Saúde vacina contra hepatite A; assistência farmacêutica, soro oral reidratante, pelo Estado; fluxo diário de notificações do Município, para evitar surtos; ampliação da frota para o trabalho epidemiológico e sanitário, de campo; bloqueio e pesquisa vetorial, bem como destruição dos criadouros dos mosquitos e trabalho de educação e informação com a população.
Uma das grandes preocupações é com a possível contaminação da água pela leptospira, bactéria existente na urina do rato e com o vírus da Hepatite A (HAV). A Vigilância Sanitária de Patos vem fazendo um controle, com auxílio da Cagepa, da qualidade da água distribuída à população. “Podemos ter surto de diarréia, leptospirose, hepatite e meningite. É crucial que as equipes que os profissionais de saúde fiquem atentos à sintomatologia dessas doenças e façam notificação imediata”, explicou Nadja Maria da Rocha, gerente operacional de vigilância epidemiológica da Paraíba.
O coordenador da Vigilância, sanitarista Petrônio Souto Gouveia, informou que é preciso muito cuidado com os depósitos de água, e que as pessoas façam uso do hipoclorito de sódio. Todas as secretarias municipais de Patos estão trabalhando diuturnamente no auxílio à população, a fim de minimizar os problemas decorrentes das chuvas.

Assessoria

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