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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Psicóloga fala sobre ansiedade


A psicóloga paraibana, que no momento faz especialização em hospitais da Capital Paulista, Morgana Andrade do Nascimento, envia-nos texto abordando um tema bastante atual e que mexe com a vida da maioria das pessoas do planeta: Ansiedade.


ANSIEDADE


A ansiedade é uma perturbação psíquica caracterizada por um estado quase constante e permanente de inquietação, preocupação, angústia, intranqüilidade, desassossego, ansiedade, medo, etc. que provoca um mal estar e uma tensão constante. É um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida; ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Portanto, refere-se a uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, e sendo assim, não precisa ser tratada. Porém, os estados de ansiedade anormais, que constituem síndromes de ansiedade são patológicas e requerem tratamento específico.
Ela é considerada normal para o bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, para o adolescente no primeiro encontro com sua pretendente, e para qualquer pessoa que enfrente uma doença. A ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa própria identidade e do significado da vida. A ansiedade patológica, por outro lado caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante. Ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. O ser humano sente-se intranquilo e as situações à sua volta criam-lhe muitas vezes um mal estar que ele não consegue definir nem controlar. Este estado de espírito altera negativamente a vida da pessoa e leva-a a afastar-se da realidade à sua volta, acabando muitas das vezes por prejudicar sua vida e os seus relacionamentos.
É um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha), opressão no peito, palpitações, excesso de transpiração, dor de cabeça, falta de ar, taquicardia, transtornos respiratórios, dores de estômago, más digestões, perturbações intestinais e outras alterações do sistema nervoso autônomo. Além de dificuldade pra dormir ou um sono não reparador. Podendo causar ainda, alergias ou dermatites. Essas pessoas geralmente são "nervosas", apreensivas e têm dificuldades na concentração e de reflexão. E ainda sentem uma necessidade de estarem sempre em atividade para fugir do seu estado emocional. Perdas e situações estressantes podem agravar esse estado.
Muitas vezes usa-se a psicoterapia, assim como a prática de exercícios relaxantes e outros exercícios físicos por libertarem o stress e descontraírem a pessoa. No entanto há que fazer um outro gênero de trabalho para que se localizem as causas por detrás da ansiedade e para que dessa forma se consigam trabalhar e eliminar as suas causas. Há que mudar a maneira de ver e de sentir da pessoa. Porém, em várias ocasiões, isso por si só não é suficiente, e muitas vezes há que fazer uma desmemorização das tensões e emoções que foram sendo acumuladas ao longo da vida no corpo e nos tecidos e que agravam todo o estado de ansiedade.
Morgana Andrade do Nascimento - Psicóloga

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