Mais de 190 homossexuais morreram assassinados no ano passado, com um aumento de 55% em relação ao ano anterior. Desse total de crimes, 65% deles foram cometidos por pessoas com menos de 21 anos. Segundo os dados do Relatório de Assassinatos de Homossexuais no Brasil – 2008, feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), os estados da Região Nordeste são os que mais tiveram destaque neste tipo de violência. Pernambuco é o campeão de notícias sobre assassinatos de homossexuais: 27 casos.
De acordo com o relatório, um gay nordestino correria 84% mais risco de ser assassinado do que se estivesse na região Sul ou Sudeste do país. O estudo foi elaborado a partir de dados coletados apenas em notícias de jornal.
O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, reconhece que esta fonte de informação pode não ser totalmente condizente com a realidade. “A violência está tão banalizada nos grandes centros urbanos, que crimes como estes não são noticiados”, explica. Segundo ele, a presença de grupos de apoio a homossexuais no Nordeste estimula a veiculação de notícias sobre esses crimes.
O que também chama a atenção para os crimes é o envolvimento de adolescentes. Segundo Cerqueira, a falta de uma educação voltada para a tolerância sexual nas escolas é parte do problema. “Seria importante ter uma escola mais educadora para a diversidade, com professores com mais liberdade para abordar o assunto, dentro de uma grade curricular que pudesse trabalhar esses assuntos.”
O coordenador do programa Brasil Sem Homofobia, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Eduardo Santarello Lucas, diz que há entraves para tratar de tolerância sexual nas escolas públicas. “Nas décadas de 70 e 80, havia uma mentalidade de que a escola pública não tinha que trabalhar uma formação crítica. Ela tinha basicamente que alfabetizar. Preparar os filhos do proletariado para produzir no futuro”, explica.
“E como esse tipo de mentalidade não se muda rápido no Brasil, nós estamos agora colhendo os frutos desta educação que ainda vigorava há 10 ou 15 anos atrás”, afirma Lucas. Mas, segundo ele, a volta de disciplinas como Filosofia e Sociologia para as grades curriculares do Ensino Médio já é uma tentativa de implementar um modelo mais reflexivo na educação.
Lucas avalia, entretanto, que o país tem feito avanços no combate ao crimes contra homossexuais e acredita que o aumento no número de assassinatos registrados pelo relatório é uma reflexo do espaço maior que o tema tem recebido na mídia.
“O próprio programa Brasil Sem Homofobia nasceu, há cinco anos, por conta do espaço que este tema ganhou. E ele deu continuidade à abertura que os movimentos precisavam, especialmente de articulação nos estados”, explica o coordenador.
Segundo ele, no próximo mês deve ser lançado um plano nacional contra a homofobia, com base nas propostas feitas no ano passado na primeira Conferência Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).
De acordo com o relatório, um gay nordestino correria 84% mais risco de ser assassinado do que se estivesse na região Sul ou Sudeste do país. O estudo foi elaborado a partir de dados coletados apenas em notícias de jornal.
O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, reconhece que esta fonte de informação pode não ser totalmente condizente com a realidade. “A violência está tão banalizada nos grandes centros urbanos, que crimes como estes não são noticiados”, explica. Segundo ele, a presença de grupos de apoio a homossexuais no Nordeste estimula a veiculação de notícias sobre esses crimes.
O que também chama a atenção para os crimes é o envolvimento de adolescentes. Segundo Cerqueira, a falta de uma educação voltada para a tolerância sexual nas escolas é parte do problema. “Seria importante ter uma escola mais educadora para a diversidade, com professores com mais liberdade para abordar o assunto, dentro de uma grade curricular que pudesse trabalhar esses assuntos.”
O coordenador do programa Brasil Sem Homofobia, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Eduardo Santarello Lucas, diz que há entraves para tratar de tolerância sexual nas escolas públicas. “Nas décadas de 70 e 80, havia uma mentalidade de que a escola pública não tinha que trabalhar uma formação crítica. Ela tinha basicamente que alfabetizar. Preparar os filhos do proletariado para produzir no futuro”, explica.
“E como esse tipo de mentalidade não se muda rápido no Brasil, nós estamos agora colhendo os frutos desta educação que ainda vigorava há 10 ou 15 anos atrás”, afirma Lucas. Mas, segundo ele, a volta de disciplinas como Filosofia e Sociologia para as grades curriculares do Ensino Médio já é uma tentativa de implementar um modelo mais reflexivo na educação.
Lucas avalia, entretanto, que o país tem feito avanços no combate ao crimes contra homossexuais e acredita que o aumento no número de assassinatos registrados pelo relatório é uma reflexo do espaço maior que o tema tem recebido na mídia.
“O próprio programa Brasil Sem Homofobia nasceu, há cinco anos, por conta do espaço que este tema ganhou. E ele deu continuidade à abertura que os movimentos precisavam, especialmente de articulação nos estados”, explica o coordenador.
Segundo ele, no próximo mês deve ser lançado um plano nacional contra a homofobia, com base nas propostas feitas no ano passado na primeira Conferência Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros).
Agência Brasil
Foto:ofrutoproibido.blogs.sapo.pt
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