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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sábado de lágrimas



Sábado, 07 de fevereiro de 2009. Um dia para ficar na memória dos patoenses como um dos sábados mais tristes de sua história. Praticamente no mesmo instante duas pessoas bastante queridas receberam últimas homenagens e partiram para uma dimensão que tanto alimenta a imaginação de nós humanos. Inácio Benta da Silva e Wescley Campos de Lucena. O primeiro jornalista, secretário adjunto do governo Nabor Wanderley, que lutou com mais força, fome de vida contra uma doença que consome lentamente. O segundo, jovem atleta, que tanto dignificou o futebol paraibano, foi tragado pelas águas do Mocambo.
O dia, de sol ardente, nem parecia que seria marcado por chuva de lágrimas, de fortes emoções para os familiares, amigos e admiradores daqueles que se foram e deixaram tantas lembranças. De Inácio suas brincadeiras, quando com frequência nos visitava, eu e Osvaldo Medeiros, no Jornal O Norte, serão minhas maiores recordações. Crítico, solícito com todos que o procuravam, esse era um dos traços marcantes de sua personalidade, especialmente nos últimos quatro anos, no exercício de secretário adjunto de Administração municipal
Juraci Dantas traduziu bem, em discurso à beira do túmulo, a grandeza de espírito de Inácio Bento, que nos deixa lições de perseverança, de amor à vida, apesar dos obstáculos que teve que encarar.
Ao entrar na casa de Anchieta na noite de ontem, durante o velório de Wescley, fui obrigado a parar, olhar atentamente para as paredes. Fotografias me carregaram para o Estádio José Cavalcanti onde, como nacionalino, mas nutrindo acim ade tudo amor ao futebol de Patos, seja qual for a equipe, revivi muitos lances como que um velho filme. O capitão do Esporte, que foi sepultado no dia em que estaria completando 29 anos, soube honrar, dignificar o futebol patoense, vestindo as camisas alviverde e alvirrubra. Dificilmente alguém que fez visita ao corpo não se emocionou naquele ambiente de tristeza, mas também que reluzia glórias, conquistas de um atleta que sabia jogar e encantar com sua garra e habilidade. O mesmo sentimento acompanhou a todos até a descida do caixão. Que Deus os recebam, Inácio e Wescley, de braços bem abertos.

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