O Governo do Estado, através da Secretaria de
Saúde, realizou na tarde desta quinta-feira 7 em Patos, no auditório da 6ª
Gerência de Saúde, encontro com o setor de vigilância epidemiológica da 3ª
Macro (Patos, Princesa Isabel e Piancó). O objeto do encontro, do qual
participaram 34 municípios de um total de 48, foi discutir alguns pontos da Síndrome
Exantemática de Etiologia desconhecida na Região Nordeste, que vem causando casos
em vários municípios da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Rio Grande do
Norte e Sergipe.
A referida síndrome exantemática (erupções
avermelhadas na pele) tem sintomatologia com ou sem febre, em alguns casos com
mal-estar nas articulações, edema, cefaleia e coceira. Nesses encontros que a
SES vem realizando em todas as macrorregiões, os municípios são orientados a
como proceder na notificação e testagens das amostras. A maioria dos resultados
laboratoriais está sendo positiva para dengue e as que não positivam pra dengue
estão sendo testadas para outras etiologias.
A síndrome surgiu na Paraíba primeiramente em Monteiro
e Itabaiana, locais em que se intensificou a investigação da vigilância
epidemiológica, com apoio do Ministério da Saúde, que mantém técnicos no Estado
para esse suporte, e pelas gerências regionais.
No boletim apresentado no encontro de ontem em
Patos por Fernanda Vieira, da Vigilância em Saúde do Estado, das 1.808 amostras
sorológicas coletadas, 712 positivaram para dengue. Os sintomas não parecem
apenas com a dengue, mas também sarampo, rubéola e chikungunya, apesar de não
se enquadrarem nesses casos, segundo Fernanda.
“A dengue tem, impreterivelmente, a febre e
geralmente a coceira vêm mais no final no seu ciclo de sintomas. No caso dessa
síndrome que está aparecendo, vem com exantema e febre baixa ou sem o estado
febril. Então não se configura com o tipo clássico de dengue. No caso da
chikungunya temos de início febre alta e o mal-estar nas articulações perdura
por muito mais tempo. Na ocorrência de sarampo e rubéola temos também a questão
da febre e nesses casos que estão surgindo essa febre não vem aparecendo e
quando aparece é muito baixa”, explicou Fernanda.
Sobre a prevenção, ela informa que ainda não existe.
Apenas esclarece que, “como há suspeita que essa síndrome possa ser um tipo
mais brando de dengue ou alguma nova patologia que seja transmitida também pelo
Aedes aegypti, a gente pede que se tente debelar os focos do mosquito, já que
agora há suspeita que ele esteja transmitindo uma nova doença, além da dengue e
chikungunya”, enfatizou.
Dos casos que estão sendo registrados o curso da
doença acontece de sete a dez dias, no máximo quinze, e em todos há evolução
benigna, sem gravidade. A Secretaria de Estado da Saúde vem acompanhando casos
em idosos, crianças, gestantes e até o momento sem gravidade. O tratamento é
sintomatológico, ficando a critério do médico.
Marcos Eugênio
Fotos:Apoiadora Isabela
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