Aconteceu nesta terça-feira no
auditório da 6ª Gerência regional de Educação, encontro de capacitação em
notificação de violência, que irá contribuir para melhorar a atualização do
SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O e vento contou com a
participação de profissionais de saúde de 48 municípios da 3ª Macro, que
compreende as regiões de Patos, Piancó e Princesa Isabel. Também participaram
profissionais da rede hospitalar.
O convite foi estendido aos Centros
de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) e os Centros de
Referência de Assistência Social (Cras), conselhos tutelares e da Secretaria de
Estado da Educação, que podem também contribuir com as notificações de
violência, seja com informações oferecidas pelas vítimas, seus familiares,
vizinhos. Inclusive a denúncia pode ser feita anonimamente
Conhecer o sistema, o preenchimento
correto da ficha de notificação é essencial para que a Paraíba tenha os
parâmetros exatos sobre os casos de violência nas suas mais diversas
modalidades, como a doméstica/intrafamiliar, sexual, homofóbicas contra
mulheres e homens, contra crianças, trabalho infantil, contra pessoas idosos, com
deficiência, indígenas, dentre vários outros tipos. A partir daí também fortalecer
as políticas públicas.
A coordenadora de epidemiologia da
6ª Gerência Regional de Saúde, Marivalda Xavier, explica que a violência é um
dos agravos mais difíceis de ser notificados, e que é preciso que as pessoas
informem aos serviços públicos de saúde, sociais. “Se não temos conhecimento do
que está acontecendo, não podemos preparar uma política melhor de saúde”, diz
Marivalda.
Em Patos o público feminino vítima
de violência sexual é encaminhado à Maternidade Dr. Peregrino Filho. Todos os
demais casos de violência são atendidos no Hospital Regional. Todas as
notificações são repassadas no fim de mês aos municípios de origem das vítimas
para que saibam o que aconteceu com seus munícipes.
Vítimas de violência sexual recebem
na Maternidade medicação específica (coquetel) para evitar que desenvolva
alguma doença, a exemplo da Aids. O paciente, segundo Marivalda, recebe todo o
acompanhamento, tratamento adequado. Tanto nos hospitais Regional e
Maternidade, há serviços de psicologia, assistência Social para atender as
vítimas de violência. Nos municípios também é oferecido o serviço através do CRAS
e do NASF. “Por isso pedimos tanto aos municípios para fazer a notificação dos
casos de violência para que possamos prestar atendimento às vítimas”, explicou
Marivalda.
Durante a capacitação, que contou
com a participação de facilitadoras da SES, foi apresentado o fluxo de
atendimento em saúde para mulheres e adolescentes em situação de violência
sexual. Em que os profissionais puderam conhecer a metodologia de trabalho,
desde a acolhida humanizada à saída da vítima e seu encaminhamento para a rede
de apoio intersetorial.
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