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terça-feira, 5 de maio de 2015

Patos sedia capacitação em notificação de violência






Marivalda Xavier

Aconteceu nesta terça-feira no auditório da 6ª Gerência regional de Educação, encontro de capacitação em notificação de violência, que irá contribuir para melhorar a atualização do SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O e vento contou com a participação de profissionais de saúde de 48 municípios da 3ª Macro, que compreende as regiões de Patos, Piancó e Princesa Isabel. Também participaram profissionais da rede hospitalar.

O convite foi estendido aos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) e os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), conselhos tutelares e da Secretaria de Estado da Educação, que podem também contribuir com as notificações de violência, seja com informações oferecidas pelas vítimas, seus familiares, vizinhos. Inclusive a denúncia pode ser feita anonimamente

Conhecer o sistema, o preenchimento correto da ficha de notificação é essencial para que a Paraíba tenha os parâmetros exatos sobre os casos de violência nas suas mais diversas modalidades, como a doméstica/intrafamiliar, sexual, homofóbicas contra mulheres e homens, contra crianças, trabalho infantil, contra pessoas idosos, com deficiência, indígenas, dentre vários outros tipos. A partir daí também fortalecer as políticas públicas.

A coordenadora de epidemiologia da 6ª Gerência Regional de Saúde, Marivalda Xavier, explica que a violência é um dos agravos mais difíceis de ser notificados, e que é preciso que as pessoas informem aos serviços públicos de saúde, sociais. “Se não temos conhecimento do que está acontecendo, não podemos preparar uma política melhor de saúde”, diz Marivalda.

Em Patos o público feminino vítima de violência sexual é encaminhado à Maternidade Dr. Peregrino Filho. Todos os demais casos de violência são atendidos no Hospital Regional. Todas as notificações são repassadas no fim de mês aos municípios de origem das vítimas para que saibam o que aconteceu com seus munícipes.

Vítimas de violência sexual recebem na Maternidade medicação específica (coquetel) para evitar que desenvolva alguma doença, a exemplo da Aids. O paciente, segundo Marivalda, recebe todo o acompanhamento, tratamento adequado. Tanto nos hospitais Regional e Maternidade, há serviços de psicologia, assistência Social para atender as vítimas de violência. Nos municípios também é oferecido o serviço através do CRAS e do NASF. “Por isso pedimos tanto aos municípios para fazer a notificação dos casos de violência para que possamos prestar atendimento às vítimas”, explicou Marivalda.


Durante a capacitação, que contou com a participação de facilitadoras da SES, foi apresentado o fluxo de atendimento em saúde para mulheres e adolescentes em situação de violência sexual. Em que os profissionais puderam conhecer a metodologia de trabalho, desde a acolhida humanizada à saída da vítima e seu encaminhamento para a rede de apoio intersetorial. 

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