Não Me Olhe Assim. Essa é
a frase-título com que o artista plástico Murilo Santos convida o público de
Patos para se fazer presente no Centro de cultura Amaury de Carvalho nesta
quinta-feira (6). Com coquetel de abertura marcado para as 20h, a exposição
mostra o trabalho mais recente e inédito do artista. Quadros que representam a
sua nova fase, caracterizada, principalmente, pela ousadia no uso de materiais
e na união entre a imagem e a palavra presente sobre as telas.
Algumas razões determinam o
porquê da pintura de Murilo Santos ter o mérito de interessar uma parte considerável
do público de arte de Patos e do Estado. Além de sua biografia composta por um
número considerável de obras criadas, exposições propostas, pesquisa teórica e
premiações como a Menção Honrosa concedida pelo Conselho Estadual de Cultura em
2010; a pintura de Murilo propõe uma obra cuja preocupação de conteúdo (temas),
material utilizado e forma representada estão atualizadas com a grande produção
contemporânea. E, parafraseando o gênio de Leonardo Da Vinci quando dizia que “a pintura é milagrosa, tornando palpável o
impalpável, e em relevo o que é plano. Assim, a pintura está adornada de
especulações infinitas”, desse modo torna-se válido ver na obra proposta
por Murilo a maneira como nós, ou a nossa arte pensa e especula sobre os
assuntos próprios do seu interesse em nossa época.
Diferencial marcante desta
exposição é, também, o painel denominado A
Bravura dos Homens. Medindo três metros de largura por um metro e cinquenta
e cinco centímetros de altura, este trabalho representa, segundo o próprio
Murilo, “o ponto alto destes 14 anos de dedicação à pintura. Em nenhum outro
momento eu consegui reunir essa quantidade de informação de maneira tão
sintética e poética. Assim como nunca me senti tão livre e autêntico como me
sinto agora”.
Para engrandecer ainda mais a
exposição ela cresce tomando forma de evento quando ganha a companhia da
música, do teatro e do cinema. Essas artes se fazem presentes através de jovens
criadores patoenses. Allyson Gabriel que apresentará um recital composto por
interpretações de obras do Violão Clássico e Popular brasileiro de compositores
como Dilermando Reis, Heitor Villa-Lobos e Paulinho Nogueira. Mário Cabral, historiador
mestrando pela UNICAMP, que com Murilo escreveu o curto monólogo Nós Somos Sãos (interpretado por Edgley
Barros). E Sauron que, com Henrique Gonzalez, apresentam “O Último Sentido” (filme
curta-metragem), que inicia a parceria entre os dois na produção audiovisual.
Wandecy Medeiros
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