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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Murilo Santos expõe pinturas inéditas no Centro de Cultura

                Não Me Olhe Assim. Essa é a frase-título com que o artista plástico Murilo Santos convida o público de Patos para se fazer presente no Centro de cultura Amaury de Carvalho nesta quinta-feira (6). Com coquetel de abertura marcado para as 20h, a exposição mostra o trabalho mais recente e inédito do artista. Quadros que representam a sua nova fase, caracterizada, principalmente, pela ousadia no uso de materiais e na união entre a imagem e a palavra presente sobre as telas.
                Algumas razões determinam o porquê da pintura de Murilo Santos ter o mérito de interessar uma parte considerável do público de arte de Patos e do Estado. Além de sua biografia composta por um número considerável de obras criadas, exposições propostas, pesquisa teórica e premiações como a Menção Honrosa concedida pelo Conselho Estadual de Cultura em 2010; a pintura de Murilo propõe uma obra cuja preocupação de conteúdo (temas), material utilizado e forma representada estão atualizadas com a grande produção contemporânea. E, parafraseando o gênio de Leonardo Da Vinci quando dizia que “a pintura é milagrosa, tornando palpável o impalpável, e em relevo o que é plano. Assim, a pintura está adornada de especulações infinitas”, desse modo torna-se válido ver na obra proposta por Murilo a maneira como nós, ou a nossa arte pensa e especula sobre os assuntos próprios do seu interesse em nossa época.
                Diferencial marcante desta exposição é, também, o painel denominado A Bravura dos Homens. Medindo três metros de largura por um metro e cinquenta e cinco centímetros de altura, este trabalho representa, segundo o próprio Murilo, “o ponto alto destes 14 anos de dedicação à pintura. Em nenhum outro momento eu consegui reunir essa quantidade de informação de maneira tão sintética e poética. Assim como nunca me senti tão livre e autêntico como me sinto agora”.
                Para engrandecer ainda mais a exposição ela cresce tomando forma de evento quando ganha a companhia da música, do teatro e do cinema. Essas artes se fazem presentes através de jovens criadores patoenses. Allyson Gabriel que apresentará um recital composto por interpretações de obras do Violão Clássico e Popular brasileiro de compositores como Dilermando Reis, Heitor Villa-Lobos e Paulinho Nogueira. Mário Cabral, historiador mestrando pela UNICAMP, que com Murilo escreveu o curto monólogo Nós Somos Sãos (interpretado por Edgley Barros). E Sauron que, com Henrique Gonzalez, apresentam “O Último Sentido” (filme curta-metragem), que inicia a parceria entre os dois na produção audiovisual.

Wandecy Medeiros

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