A segunda etapa da campanha de vacinação da febre aftosa, aberta nesta segunda-feira (31) em todo o estado da Paraíba, teve início na cidade de Patos e região, nesta terça-feira (01). A abertura aconteceu na Fazenda Escura, de propriedade do Dr. Edson Gomes, onde foram vacinados cerca de 250 bovinos.
De acordo com o gerente executivo da Defesa Agropecuária, Rubens Tadeu, “a primeira etapa da campanha, realizada em maio, atingiu o recorde de vendas de vacinas e, desta vez, a meta é vacinar 100% do rebanho, para evitar a ameaça de disseminação da doença no Estado. O objetivo é fazer com que o rebanho paraibano atenda às condições exigidas pelo Sistema de Defesa Agropecuária e o Estado possa pleitear ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a mudança de status para zona livre de aftosa já no próximo ano”, disse.
Para o secretário municipal de Agricultura, Sebastião dos Santos Lima, “nós que fazemos a Secretaria Municipal de Agricultura juntamente com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP), estamos como parceiro nessa segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa, dando apoio na campanha e na divulgação da mesma. Não podemos ser prejudicados com um surto de aftosa que pode acontecer caso os produtos deixem da vacinar seus rebanhos. É necessário que todos procurem adquirir a vacina nas farmácias veterinárias”, explicou o secretário.
De acordo com o médico veterinário da Unidade de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV), Aluísio Silva, “a Secretaria de Agricultura do Estado e Ministério da Agricultura pretendem chegar a 100% dos rebanhos vacinados no estado da Paraíba. Os proprietários que não vacinarem seus animais estarão sujeitos a multa de R$ 161,55 por cabeça. E, por não declarar, a multa sobe para R$ 323,10, por animal. Após o período de vacinação e de comprovação das vacinas, fiscais da secretaria visitarão propriedades que não cumprirem o prazo, vacinando compulsoriamente os animais e aplicando as multas”, informou.
Segundo o proprietário rural, Dr. José Tota, a campanha tem uma importância ímpar para todos os proprietários, e só poderá ter o alcance que merece se houver um trabalho ainda maior de divulgação e conscientização junto aos proprietários. “É preciso que o governo desperte para a importância de se intensificar o trabalho de conscientização e divulgação da campanha, sobretudo em áreas mais carentes, e que veja também a possibilidade de disponibilizar a vacina de forma gratuita, o que já vem acontecendo em alguns municípios da nossa região”, ressaltou.
As Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal, os Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária, a Emater e entidades da iniciativa privada estão sendo convocados pela Sedap para ajudar na conscientização dos produtores rurais sobre a necessidade de vacinar todos os animais da propriedade, mesmo naquelas que tenham poucas cabeças.
Os produtores devem ficar atentos para a obrigatoriedade da vacinação e de sua comprovação, além da atualização do cadastro nos escritórios da Defesa Agropecuária. A ausência de comprovação e de atualização do rebanho impede a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para o transporte de animais.
Atualmente a Paraíba é considerada área de risco médio de febre aftosa, de acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O Governo do Estado estima vacinar 1,2 milhão de cabeças de bovinos e 1,6 mil cabeças de bubalinos na segunda etapa da campanha de vacinação da febre aftosa. A campanha seguirá até o dia 30 de novembro.
Coordecom
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