Estimativa é do Observatório de Favelas com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos
Mônica Ribeiro e Ribeiro, do R7
Até 2013, o Brasil deve registrar o assassinato de 33 mil adolescentes em todo o país. O cálculo foi feito a partir do IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) - com base no ano de 2007 - pelo PRLV (Programa de Redução de Violência Letal contra Adolescentes e Jovens).
O estudo - realizado pelo Observatório de Favelas em conjunto com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Unicef e Laboratório de Análises de Violência da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) - foi divulgado nesta quarta-feira (8) em Brasília (DF).
A pesquisa foi baseada nas mortes provocadas por armar de fogos e outros meios e foi feita com jovens entre 12 e 18 anos de 266 municípios com mais de 100 mil habitantes.
Pelo levantamento, 2,67 adolescentes, a cada grupo de mil habitantes, devem morrer por homicídio antes de completar 19 anos.
A região do país com IHA mais alto é o Nordeste, com 3,53 adolescentes mortos para cada grupo de mil. A região Sul vem na sequência, com 2,59 mortos. O Norte é a região com o menor índice – foram registrados 2,26 mortos.
As capitais que atingiram o maior IHA foram Recife (PE), com 7,3 (equivalente a 1.351 mortos) e Maceió (AL), com a marca 7,1, que corresponde a 884 mortos. Já São Paulo, uma das áreas mais violentas do país, registrou o índice de 1,3 (1.502 mortos) morte entre adolescentes.
Homens e negros
Nas 266 cidades brasileiras analisadas, o risco de morte entre adolescentes do sexo masculino é 9,5 vezes maior do que em relação às garotas.
Entre os jovens declarados pretos e pardos, a chance de homicídio é 3,7 vezes maior que em relação aos brancos. Em 79% dos municípios analisados o risco é maior para os negros.
O trabalho teve como fonte dados do Datasus (banco de dados do Ministério da Saúde) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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