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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Entidades discutem segurança pública em Patos


Promotora Joseane Amaral 

Marcos Eugênio
Aconteceu na noite desta quinta-feira no Fórum Miguel Sátyro, em Patos, uma reunião promovida pelo Governo do estado para discutir políticas de segurança pública na Paraíba. O evento contou com a participação de órgãos ligados à segurança, a exemplo das polícias Civil, Militar, Exército (Tiro de Guerra), Polícia Federal, sociedade organizada através de conselhos tutelares, Associações comunitárias dentre várias outras.
O secretário executivo de Mobilização Social da Prefeitura de Patos, José Taunaí, nas suas considerações, fez um relato da realidade que cerca a problemática infanto-juvenil na cidade e lamentou Patos ainda não possuir um fórum permanente de discussão para uma política preventiva de violência contra a criança e o adolescente. “Precisamos mudar essa estrutura que aí está para garantir um futuro melhor para nossas crianças e adolescentes. É necessária a participação de todas as entidades, e que as crianças sejam prioritárias nas políticas governamentais”, enfatizou.
A promotora de Justiça, Joseane Amaral, começou sua fala sugerindo e considerando importante no combate a violência que vem assustando Patos e a Paraíba como um todo, não apenas o trabalho de repressão ao crime, mas nas ações preventivas nas escolas com a participação os conselhos tutelares. Citou uma experiência da qual participou no Vale do Piancó que teve bons frutos na prevenção da violência e as drogas, trabalho este realizado cm as crianças, que geralmente levam as informações para serem discutidas no lar.
Joseane dirigiu muitas críticas ao Estado dizendo que este não investe como deveria em segurança pública, citando o caso da Polícia Civil, que sofre pela falta de estrutura e pessoal, agentes despreparados e desmotivados. Reclamou também da falta de aparelhagem e de pessoal na Polícia Militar. “Patos é pólo de comércio de drogas e não vejo ações do Estadoque possa prender os grandes traficantes” enfatizou, acrescentando que “Não adianta apenas reuniões, audiências públicas que não se resolvem nada. É preciso ação concreta”, dissee foi aclamada pelos presentes.

Após suas palavras por pouco a reunião não era suspensa, mas houve continuidade. A representante do governo do Estado lembrou aos presentes que existe a preocupação de se construir uma poolítica de resultado e por isso o debate e por isso o convite à sociedade organizada para debater e criar propostas nesse sentido.
O representante da Polícia Federal também criticou a falta de investimentos nas polícias, inclusive a Federal, que hoje possui na delegacia de Patos, que atende a cerca de 850 mil pessoas no Sertão com apenas 22 policiais e delegados, o que dá uma média de quase 40 mil habitantes por policial. Os conselhos tuttelares também estavam na bronco pela falta de estrutura para desempenhar su papel, pela ausência de centros acolhedores de menores infratores.
A reunião teve continuidade e outros falaram sobre a problemática da violência na Paraíba, a exemplo do vereador Raniere Ramalho, representante da Câmara Municipal. Este também criticou os investimentos tímidos dos governos em segurança, mas lembrou que a culpa não deve recair apenas para o Estado, sendo todos os atores sociais responsáveis por ela, desde a educação no lar, na escola.
O certo é que a sociedade está impaciente e assustada com o aumento da violência na cidade de Patos e não quer mais saber apenas de palavras, propostas e falta de ação. 

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