O vírus da gripe suína, que já deixou 800 mortos no mundo, atinge principalmente crianças em idade escolar. A informação é da Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade afirma que o vírus está se espalhando rapidamente pelas escolas. "É mais fácil para o vírus se espalhar nas escolas" disse Gregory Hartl, porta-voz da organização.
No Rio de Janeiro, nesta semana será decidido se as férias escolares serão prorrogadas. A decisão será tomada em conjunto entre as secretarias estadual e municipal de Saúde e pelo Ministério da Saúde. Este último já recomendou que alunos e professores que estejam doentes não retornem às aulas - caso a volta não seja adiada - enquanto não se restabelecerem da gripe, seja ela suína ou sazonal.
Segundo o ministério, a orientação tem como objetivo reforçar a prevenção contra a nova gripe, evitando assim que alunos infectados contagiem colegas. Professores e diretores de escolas devem ficar atentos e orientar estudantes com sintomas a retornar às suas casas.
O ministério aconselha ainda que pais e responsáveis devem levar seus filhos aos postos de saúde ao consultório médico de confiança ao perceberem os primeiros sinais de uma gripe, que são febre repentina, tosse, coriza, dores musculares, nas articulações e dor de cabeça.
O diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, estima que os casos de gripe suína no Brasil representem cerca de 60% de todos os casos de gripe registrados. "De todos os exames realizados que apontaram algum sintoma de gripe, 60% eram pelo novo vírus. No caso do Chile e Argentina, esse percentual é superior a 90%. No Brasil, pode haver um aumento neste percentual. Pode significar que o vírus da influenza A esteja substituindo os vírus que circulavam antes. Ele aparentemente pode passar a predominar no cenário e outro vírus (da gripe comum), deixar de circular" afirmou o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.
Antiviral
De acordo com o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza do ministério, apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicadas com o antiviral.
O grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento, e Aids), pessoas com obesidade mórbida e também com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.
Terra
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