4x2 sobre o arquiinimigo foi um aperitivo para a pequena torcida do Esporte Clube de Patos fazer uma grande festa dentro e fora do Estádio José Cavalcanti. Um jogo de desesperados na competição tinha tudo para se um fiasco, mas em se tratando do maior clássico sertanejo, embate entre Nacional e Esporte, pode se esperar muitas emoções. Foi o que aconteceu nesta tarde noite de domingo 05 de abril, quando o Esporte acabou com um jejum de doze anos sem vencer o Nacional.
A partida começou eletrizante, principalmente para o Patinho, que dava mostra que queria e precisava da vitória. Mas foi o Nacional que abriu o placar com o lateral esquerdo Eduardo, logo aos seis minutos, num belo chute no canto esquerdo do goleiro Alberto. Dois minutos depois o lateral direito Dinho, do Esporte, foi derrubado pelo zagueiro Alisson e o árbitro Fernando Cabral, em cima do lance, assinalou penalti, desperdiçado pelo atacante Teo, que chutou forte no canto, mas Adson fez bela defesa.
Aos 20 minutos, depois de muito insistir, o time comandado por Ramiro Sousa empata. Roberto conseguiu um belo contra-ataque, tocou para Bruno Recife, que entrou sozinho e chutou forte para defesa de Adson. No rebote o atacante Anderley colocou no fundo das redes. O Esporte continuou dominando e perdendo algumas chances de ampliar. Mas só no segundo tempo, aos sete minutos, Bruno Recife, de cabeça, marcou o segundo do Patinho, sem chances de defesa. Quem esperava que o Esporte se acomodaria se enganou. Aos 35 Anderley fez um gol de placa, chutando de seu campo de defesa, encobrindo o goleiro nacionalino, levando a torcida alvirrubra à loucura.
O Pato poderia ter devolvido com tranquilidade os 6x1 sofridos no primeiro turno para o Nacional, mas não caprichou nas finalizações. Os atletas jogaram, como diz no jargão popular, com fome de bola. A expressão de cada um traduzia o espírito guerreiro. Um exemplo disso foi o zagueiro Carlos Henrique, que, mesmo sangrando bastante na testa, pedia desesperadamente um curativo para voltar a campo. Outro foi Anderson camisa 7, que lutou tanto que foi socorrido para o Hospital Regional de Patos de ambulância, após ser atingido na garganta e saiu cuspindo sangue.
Ceceu ainda fez 4x1 para o Esporte, mas aos 45 Ribinha ainda conseguiu diminuir. Final, Nacional 2x4 Esporte. O jogador Wescley (foto), do do Patinho, morto afogado a pouco mais de um mês, foi mais uma vez homenageado, desta vez com um troféu que levou seu nome e foto. O capitão da equipe ergueu o troféu e deu mini volta olímpica com os torcedores. A família de Wescley, que acompanhou a homenagem, sentiu fortes emoções pelo carinho da torcida, que gritou bastante seu nome.
Foto:garimpandopalavras
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