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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Encontro reúne gestores de artesanato do país


Evento acontece na capital e discute os principais desafios
enfrentados pelos artesãos brasileiros


Por Érica Chianca


Consolidar o artesanato como alternativa econômica e empreendedora para centenas de artesãos brasileiros. Para discutir este assunto e sintonizar as diretrizes dos projetos de apoio e desenvolvimento do setor, é que está sendo realizado até hoje, 11, em João Pessoa, o Encontro Nacional de Coordenadores e Gestores de Artesanato do Sistema Sebrae.
O evento, que acontece anualmente, reúne na capital cerca de 70 gestores e coordenadores de projetos da instituição de todo o país em uma programação de palestras, trocas de experiências e discussões. O encontro teve início nesta terça-feira, 10, no auditório do Sebrae.
Profissional não reconhecido
Uma das principais questões apresentadas durante o encontro é a relação do artesão com a previdência social. Segundo Ricardo Guedes, gerente da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços do Sebrae Nacional, o artesão ainda não é reconhecido como profissional pelo Ministério do Trabalho e por isso enfrenta dificuldades quando o assunto é a previdência.
"Dentro do Sebrae discutimos o artesanato como uma atividade econômica e o artesão como um profissional e produtor. Por isso, existe a necessidade de se trabalhar com os novos artesãos o incentivo a contribuição à previdência como forma de assegurar uma aposentadoria com maiores rendimentos", disse. Ele explicou ainda que o cadastro para a contribuição poderá render uma aposentadoria maior ao artesão.
Produto competitivo
Outro tema importante que será discutido no evento é a apresentação do estudo de mercado nas áreas da cerâmica utilitária e decorativa e o bordado direcionado para cama, mesa e banho. Segundo Durcelice Cândida, gestora do projeto de artesanato do Sebrae Nacional, desde o início a preocupação foi criar um trabalho que possa fazer com que as pessoas, que muitas vezes precisam de uma renda imediata e estão em comunidades isoladas, produzam algum tipo de artesanato que seja competitivo no mercado. "Por isso trabalhamos tanto estratégias de inovação e design. Só assim asseguramos um produto antenado com as tendências e com a qualidade que o mercado exige", afirmou.
Importância do Sebrae
Na opinião de Durcelice, nos últimos cinco anos, o artesanato brasileiro vem galgando espaços cada vez mais nobres e se profissionalizando. "O Sebrae deu nova cara para o artesanato, tratando-o como atividade empresarial. E abriu portas para que os produtos artesanais ganhassem espaço em outros mercados, como o de móveis, têxtil e confecções, conferindo-lhes um diferencial", aponta a gestora. Vitrine do artesanato Paraibano - No segundo dia de encontro, dia 11, os participantes se reúnem, no turno da manhã, para uma rodada de conversas e debates. "Durante o momento os gestores e coordenadores poderão ter um momento mais interativo possibilitando um ambiente de troca de experiências", comenta Ricardo.
Já no período da tarde, o encontro se transforma em uma grande caravana rumo ao município de Campina Grande. Conhecida pelo maior São João do Mundo, festividade que acontece durante todo o mês de junho, os participantes visitarão o 8o Salão do Artesanato da Paraíba. "O encontro realizado aqui no estado nessa época veio a calhar. Estamos em pleno vapor com as festividades juninas, tão característica da nossa cultura, e com a realização da vitrine do artesanato da nossa terra, que é o Salão. Com certeza vamos representar bem a nossa terra", afirma Pedro Aurélio, diretor Técnico do Sebrae Paraíba.
foto:garimpandopalavras

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