Mais uma vez fui assistir ao evento organizado pelas TVs Paraíba e Cabo Branco, afiliadas da Globo. Torço muito por nossa cultura regional e o Forró Fest tem dado grande contribuição revelando talentos, divulgando nossas potencialidades musicais, falando de nossas raízes. Mas ontem, meus ouvidos ainda doem bastante, acho que vou procurar um especialista, trouxeram uma bandas para animar o povão, que pareciam estar concorrendo para ver quem gritava mais. Antes da apresentação dos candidatos, mais de meia noite, uma vocalista berrou tanto que pensei que as caixas de som não suportariam os agudos que ela emitia. Sinceramente não entendi aquilo, surreal para mim. Olha, o forró eletrônico já é um saco pela mesmice, pelo plágio que há entre as bandas, seja na maneira de cantar, dançar, gritar, cujas letras, a maioria explora apenas a pornofonia, é lastimávem a decadência este ano do Forró Fest.
Juro que fiquei morrendo de saudade do show de Alcymar Monteiro com a participação do balé de Recife, no Forró Fest, aqui mesmo em Patos há poucos anos. Porque não se aproveitou atrações de Patos, já que o evento era de forró? Lúcia do Acordeon, Zé Nilton e até Telengo Tengo, garanto que agradariam muito mais do que aqueles profissionais que se apresentaram na noite de ontem. Graças a Deus a noite foi salva pelos artistas principais, os intérpretes que ofereceram ao público sua sensibilidade sobre os problemas vividos pelos sertanejos, cantaram o amor, sem gritos, para o público. Espero que o Forró Fest no próximo ano venha melhor e continue a ser um dos mais importantes festivais que priorizam a regionalidade nordestina.
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