Em suas entrevistas concedidas à imprensa patoense, o novo delegado chefe da Polícia Federal de Patos, Francisco Martins, tem sido enfático de que uma das principais missões da PF local, além de combate ao tráfico de drogas, será investigar políticos corruptos. A atitude é bastante salutar, tendo em vista as falcatruas que o segmento político vem comentendo descaradamente, não apenas aqui no Sertão, mas em todo o território nacional, lesando o erário público, raspando o tacho das prefeituras.
Porém lamentamos o estágio letárgico de nossa Justiça, que não tem nada de cega, em decorrência de sua incapacidade de condenar quem realmente precisa. Isso é real. Bastam os exemplos que diariameante estão estampados na mídia. Os salafrários com posses contratam advogados que sabem aproveitar muito bem as brechas jurídicas para manter os malfeitores nas ruas. Por outro lado os autores de pequenos delitos são jogados em celas imundas e superlotadas, as famosas escolas do crime.
As leis são aprovadas pelos políticos, que se beneficiam delas de forma bastante diferenciada dos demais cidadãos. Quer um exemplo: a imunidade parlamentar. Com foro privilegiado, existe uma enorme burocracia para que um político seja condenado. Por aí dá para entender as dificuldades da PF, que faz com eficácia seu trabalho, mas que este esbarra no corporativismo e na infinidade de ações cautelares, liminares, habeas corpus e por aí vai.
ilustração:wagnercruzoconsultor.files.wordpress.com
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