O Estado da Paraíba será sede de 18 e 23 do próximo mês, no Hotel Tambaú, do VI Simpósio Internacional do Abacaxi. O evento reunirá pesquisadores, produtores e empresários ligados aos setores industriais e de exportação. Representantes de 26 paises e 18 estados brasileiros já confirmaram presença. Os objetivos do simpósio são de promover o intercâmbio de informações atualizadas e contribuir para o desenvolvimento técnico-científico dos diversos segmentos da cadeia produtiva do abacaxi, no plano nacional e internacional, com ênfase nas fases produtivas, pós-colheita, mercado e comercialização.
O VI Simpósio Internacional do Abacaxi é uma promoção da Embrapa, com a participação do Governo do Estado. É realizado a cada três anos em um país diferente, o último ocorreu na África do Sul (2005). O primeiro encontro foi no Havaí (1992), continuou em Martinica (1995), Tailândia (1998) e no México, em 2002). “Tornou-se um evento técnico–científico dos mais importantes para a discussão da produção de abacaxi, reunindo especialistas em pesquisa, extensão e ensino, além de empresários, produtores, estudantes e demais agentes da cadela produtiva do abacaxi”, afirmou Domingo Haroldo Reinhardt, diretor de Pesquisa da Embrapa, coordenador geral do simpósio.
Ainda participam da organização do simpósio os pesquisadores Leôncio Vilar, da Emater da Paraíba e Getúlio Augusto da Cunha, da Embrapa. “Uma das expectativas do evento é a divulgação do abacaxi brasileiro, principalmente a variedade Pérola, que só existe no Brasil, e tem peculiaridades de sabores, doçura e acidez, aroma, é mais suculento e menos fibroso”, comentou Haroldo.
Mesmo tendo ainda um pequeno percentual de 3% da produção nacional destinado às exportações, o restante fica para o consumo nacional, a proposta dos organizadores é fazer com que, a partir da troca de experiência com os técnicos dos outros paises, melhore a qualidade do abacaxi, principalmente o Pérola.
Segundo dados da FAO, a produção do abacaxi no Brasil foi de aproximadamente 2,3 milhões de toneladas, para uma área colhida de 61.790 hectares, e um rendimento de 37,10 toneladas por hectares. Esse rendimento poderia ser maior se o abacaxi fosse cultivado em sistema industrial de grande porte, como acontece na Nigéria, Tailândia, Indonésia, por exemplo. Mas é uma cultura realizada, na sua maioria, por pequenos e médios produtores rurais.
A Paraíba ocupa o segundo lugar de Estado que mais produz abacaxi no Brasil, com 343.291 milhões de frutos colhidos numa área de 11.466 hectares, e uma produtividade de 29.940 por hectare. O Pará, com 354.244 milhões de frutos e uma área de 14.052 frutos, mesmo com um rendimento menor, ocupa o primeiro lugar.
Com relação aos municípios maiores produtores na Paraíba, Santa Rita ocupa o primeiro lugar, com 90 milhões de frutos e uma área de 3.000 hectares, seguindo de Itapororoca, Araçagi e Pedras de Fogo. Sapé, onde existe a Estação Experimental da Emepa e se destacava com maior produtor, se encontra na sétima colocação.
Da ASCOM
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