Após quase dois meses internado no Hospital
Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro recebendo tratamento especializado,
através de curativo a vácuo de alta tecnologia, que conseguiu evitar a
amputação de sua perna, o jovem Fabriciano Maia, de Princesa Isabel, foi
transferido nesta terça-feira para o Hospital de Emergência e Trauma Senador
Humberto Lucena, de João Pessoa, onde será submetido a uma cirurgia plástica reparadora,
com o cirurgião Saulo Montenegro.
Na despedida, muita emoção do paciente, sua mãe,
Natilza Maia e funcionários, que se dedicaram e torceram bastante pela
recuperação do simpático jovem, que viajou confiante nessa nova etapa de tratamento.
Histórico
Ele sofrera um acidente de moto no dia 6 de
setembro deste ano na zona rural de Princesa Isabel e corria sério risco de ter
parte do membro inferior amputada, devido a gravidade do ferimento, com grande
perda de partes moles que envolvem a tíbia e o tendão de Aquiles.
Devido seu estado clínico necessitar de cuidados
mais especializados, foi transferido para o Hospital Regional de Patos. Durante
a cirurgia houve evolução do ferimento para secreção, necrose, infecção local,
com exposição de osso e do tendão de Aquiles, sendo necessários mais dois
procedimentos cirúrgicos.
A gravidade da lesão levava à necessidade de
amputação, segundo os médicos que atenderam o jovem. A família foi comunicada
pelo médico ortopedista João Suassuna sobre um tratamento, bastante caro,
procedimento que vem sendo usado há mais de dez anos no Brasil, mas pouco comum
no âmbito da rede SUS, que não cobre esse serviço.
A direção do Regional de Patos, sabendo desse
tratamento, curativo a vácuo, específico para ferimentos complexos, passou a
custeá-lo, a fim de tentar evitar a amputação do pé e parte da perna de
Fabriciano, tendo em vista as dificuldades financeiras da família.
Foi feito contato com uma empresa de Recife, que
enviou enfermeiros a Patos e foi iniciado o tratamento do jovem no dia 21 de
setembro, com a primeira aplicação. De lá para cá foram vários curativos a
vácuo até a granulação de tecido na área do ferimento, oferecendo condições
para enxerto (transplante de pele), que ocorrerá no Trauma. O curativo a vácuo era a última alternativa
viável naquele momento, segundo a enfermeira Ana Flávia, de Recife, para evitar
a amputação de parte da perna do jovem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário