Aldo Nunes, gerente regional do Sebrae Patos |
Cavalgada |
No bolo, no sorvete, na forma de sequilho,
beiju, tapioca, com galinha caipira, frita, coxinha, pé-de-moleque, são tantas
iguarias que mexem com o paladar de qualquer um. Esse variado e apetitoso cardápio oriundo da
mandioca pôde ser amplamente degustado durante a XIII Feira da Mandioca
ocorrida de 18 a 20 (hoje) na comunidade Lagoa de São João, município de
Princesa Isabel-PB, uma demonstração de como esse produto, que tem como
carro-chefe a farinha, é capaz de contribuir para nossa economia.
Um evento que se tornou tradição
e marca justamente o período de maior produção da mandioca na localidade, uma
realização da Associação Comunitária dos Pequenos Produtores de Lagoa de São
João.
Em 2002, mesmo havendo alguns
nichos de produção na Paraíba, a farinha era escassa, o que obrigava a
aquisição de outros estados, a exemplo de Pernambuco. O Governo do Estado,
preocupado com isso, resolveu fazer o resgate, a revitalização da cultura da
mandioca e determinou que a Emater deu total apoio ao agricultor, através de
seus escritórios. Além do apoio técnico, um dos incentivos ao homem do campo
foi a realização da Feira da Mandioca.
O presidente da Associação dos
Pequenos Produtores de lagoa de São João, Audecy Nunes, figura bastante
presente em todo esse processo de recuperação da cultura da mandioca, explica
que houve dificuldade na primeira edição, já que fora realizada somente com
apoio da Emater e prefeitura, onde os recursos eram mínimos.
Já na segunda edição o Sebrae
abraçou o evento, se tornando importante parceiro, abrindo as portas para os
produtores da cadeia produtiva da mandioca, não apenas de Lagoa, mas de outras
comunidades próximas, mostrando que a festa é delas e que importante
preservá-la. Audecy destaca a produção das quatro comunidades produtoras de
Princesa, onde mensalmente são comercializadas aproximadamente 720 sacas de
farinha de mandioca prontas para o consumo. O maior mercado são os municípios
circunvizinhos da Paraíba e Pernambuco.
Nas comunidades de Lagoa, Cedro,
Macambira e Moça Branca, cerca de 380 famílias, cerca de 2.900 habitantes,
estão envolvidas com a Agricultura Familiar (85%). Duas culturas são
responsáveis em grande escala pela sobrevivência delas, o feião de corda e a
mandiocultura, a mais forte e que dá fruto durante todo o ano.
Um projeto desenvolvido pelo
Sebrae em 2007, posto em prática em 2009, deu grande fôlego à cadeia produtiva
da mandioca em Princesa Isabel. Diversos cursos passaram a fazer parte da
rotina do produtores, uma ação de fomento que vem dando excelentes resultados
para o desenvolvimento da cultura. “Temos vários parceiros, mas se saírem o
Sebrae e Prefeitura, seja qual for o gestor, não conseguiremos realizar a
festa”, diz Audecy.
Festa atrai grande público
A XIII Festa da Mandioca de Lagoa
de São João tem como parceiros a Associação de Lagoa, Sebrae, prefeitura, BNB,
Governo do Estado, CDL. O evento que contou com excelente infraestrutura, sendo
aberta com celebração eucarística, apresentações culturais, palestras e cursos,
quatro oferecidos pelo Sebrae e um através da Emater: Biscuit, Boas Práticas de
Manipulação de Alimentos, Atender bem no campo e Controlar meu dinheiro no
campo.
Na programação de ontem, sábado,
houve atendimento aos produtores por técnicos do Sebrae, desfile de Rei, Rainha
e Princesa da festa, shows com Neno do Acordeon e Pisada Federal. Na manhã
deste domingo cerca de 200 cavaleiros e amazonas participaram da 7ª Cavalhada,
partindo da Praça Nominando Diniz à Lagoa de São João. O grupo de ciclismo
Princesa Bike também participou da Festa da Mandioca.
O gerente regional do Sebrae
Patos, Aldo nunes, considerou bastante positiva, mais uma edição da Festa da
Mandioca, dando ênfase à qualificação, a troca de conhecimento no campo. “Esse
é objetivo do Sebrae, trazer e levar conhecimento e não fazer a parte profana
da festa”, explicou.
Ferdinando Félix, gestor de
projetos de desenvolvimento territorial da Serra do Teixeira. Ele diz que o
Sebrae tem sido importante na organização das associações, na troca de
informações de experiências exitosas, incentivando a participação dessas
comunidades, levando ao evento várias caravanas de vários municípios. Abriu
parênteses para destacar a excelente participação dos produtores nas
capacitações, visitas técnicas, para aprimorar cada vez mais a cultura da
mandioca e outras atividades do campo.
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