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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Professor de Campina Grande leva experiência do ensino fundamental para meio acadêmico


Professor campinense, Franklin Robson, expondo seu trabalho acadêmico

A diversidade ético-racial e cultural, uma reflexão ampla em torno das relações interpessoais, do preconceito e da afirmativa de respeito às diferenças, foi tema de um importante artigo escrito pelo professor Franklin Robson Melo da Silva, professor de Português da EEEF Nossa Senhora Aparecida, Bairro Mutirão em Campina Grande-PB, e acadêmico de pós-graduação do curso Educação para Relações Ético-Raciais da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande). Ele aproveitou a bem-sucedida experiência da metodologia Liga Pela Paz, que trabalha a emoção na melhoria da aprendizagem e apresentou a experiência para pesquisadores nacionais.

Seu artigo foi apresentado semana passada no Seminário Nacional de Pedagogia (SEMPED), ocorrido em Campina Grande. O artigo é fruto de três anos de monitoramento da oficina Liga Pela Paz, na Escola Nossa Senhora Aparecida. A base de seu trabalho na pós-graduação é a metodologia Liga Pela Paz, criada pela Organização Inteligência Relacional, e que trabalha a educação emocional da comunidade escolar da rede pública estadual de ensino da Paraíba.

O conteúdo desenvolvido pela Inteligência Relacional, rico em conhecimentos, atividades lúdicas, jogos, artes, dança, pintura, música, dinâmicas, dramatizações, exercícios para o desenvolvimento das habilidades das emoções, despertou o interesse do professor, que aproveitou toda essa bagagem trabalhada em sala de aula para apresentar no encontro pedagógico soluções para os problemas relacionados ao preconceito e à discriminação, bastante comuns no Brasil.

 A Liga Pela Paz: Uma proposta afirmativa de respeito ao outro e à diversidade étnico-racial e cultural. Com este artigo, Franklin Robson, amplia o diálogo em torno das questões que levam ao desrespeito às diferenças de costumes, raça, credo, cultura. São temas que possibilitam aos alunos e professores, através da Liga Pela Paz, a refletir seu comportamento, aprender a lidar com o diferente e, como resultado, melhorar as habilidades emocionais, a convivência em grupo, a interatividade e desempenho de aprendizagem. 

Consultora Caren com Prof. Franklin
O professor cita a Liga Pela Paz como proposta para a evolução do pensamento, um estímulo ao debate em torno dos conceitos ultrapassados de discriminação, contribuindo assim para a construção da paz.  “A Liga Pela Paz é uma metodologia pedagógica que busca desenvolver a educação emocional e social nas escolas e nas famílias, por meio de uma ação focada na cultura de paz e não violência, cujo conteúdo remete a uma série de atividades que vêm chamando a atenção dos especialistas pela forma inovadora como estas trabalham a temática central desse estudo”, destaca a Liga em seu artigo, Professor Franklin.

Ele acrescenta que a Liga Pela Paz oferece em seu conteúdo uma metodologia que visa desenvolver nas crianças do Ensino Fundamental um novo paradigma acerca do respeito à pessoa e à diversidade. “Como está previsto na Constituição brasileira, que todos são iguais perante a lei, sem qualquer tipo de distinção, o material da Liga Pela Paz traz, por meio de seus personagens, o respeito à diversidade étnico-racial e cultural”, comenta.

Na Escola Nossa Senhora Aparecida, em três anos de implantação da Liga Pela Paz, os resultados foram marcantes na comunidade local, famílias remanescentes do antigo lixão, do Bairro Mutirão, apresentam mudanças de comportamento dos alunos do 4º ao 6º ano, no tocante ao respeito ao outro e à diversidade étnico-racial e cultural.

Franklin, que fará uma reformulação e ampliação de seu escrito acadêmico, o apresentará também no Congresso Nacional de Educação que acontecerá no final do ano em Campina Grande. Toda a experiência compartilhada com os alunos do Fundamental, com suas famílias, já que estas também foram inseridas nesse processo de construção da paz nas escolas, compõem os elementos de estudo do professor da Nossa Senhora Aparecida em torno da diversidade étnico-racial e cultural.

Para a consultora pedagógica da Inteligência Relacional, Caren Dominguez, que esteve presente no Seminário Nacional de Pedagogia, o trabalho com a Liga Pela Paz tem surpreendido muitos educadores e gestores por permitir verdadeiras transformações no comportamento das crianças.  “Essas mudanças são percebidas na maior atenção, interatividade, afetividade e melhor rendimento na aprendizagem dos alunos. É um modelo que desperta, inclusive, a curiosidade para a produção de trabalhos acadêmicos, a exemplo do produzido pelo Professor Franklin”, disse Caren. 



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