Momento em que populares tentam linchar suspeitos |
Cerca de 80 policiais civis e
militares de Patos e de municípios da região, que vieram dar apoio, participaram
na manhã deste sábado 6 da captura de quatro homens e apreensão de dois
menores, todos acusados de participarem na madrugada de hoje ao posto de
combustíveis Almeida, no Monte Castelo, nesta cidade, fato ocorrido por volta
das 3h da madrugada. Na ocasião o Cabo da PM, Ubirajara Moreira Dias, foi morto
a tiros de espingarda calibre 12. Dois integrantes da quadrilha reagiram ao
cerco policial em São José do Bonfim e foram mortos, Joilson e Eliosmar
Ferreira de Lucena.
Os acusados do assalto foram: Raimundo
Barbosa, 19 anos, morador do Alto da Tubiba, em patos; Severino Alves Costa,
36, residente em São José do Bonfim; Daniel Alves, 26, de Teixeira e Jeferson
dos Santos, 18, do Mutirão, Patos.
Após o assalto e o crime de
homicídio contra o Caba da PM, fato que gerou bastante revolta na cidade, os
bandidos empreenderam fuga. A s policiais Militar e Civil iniciaram as
investigações e conseguiram apreender o primeiro menor do grupo, que passou detalhes
do resto do bando, onde estavam escondidos, o armamento, a moto que haviam
levado do Cabo. Equipes da polícia foram ao município de São José do Bonfim,
onde cercaram a residência e deram voz de prisão. Dois reagiram e trocaram
tiros com os policiais, sendo atingidos. Foram socorridos ao Hospital Regional
de patos, mas não resistiram aos ferimentos.
Outros dois foram detidos quando
escapavam de moto na Serra de Teixeira e outros dois na tal residência, segundo
informações do comandante do III BPM, Cel. Campos. O assalto teria sido
planejado na noite de ontem, numa casa do bairro Mutirão, em Patos. “Por
míseras notas de reais tiraram a vida de nosso companheiro de trabalho, de
forma bastante covarde”, desabafou Campos.
Jeferson dos Santos, que responde
pela alcunha de Queixinho, que já cumpriu pena por roubo, disse que quem matou
o Cabo Bira, como era conhecido, teria sido Joilson e mostrou a arma usada pelo
comparsa, uma espingarda calibre 12, cano cerrado. Foram apreendidos também um
revólver 38 niquelado e outra espingarda, além das roupas, capuzes usados no
assalto, parte do dinheiro levado do posto, celulares, cartões de crédito e
projéteis não deflagrados.
Na chegada dos suspeitos à
Delegacia central de Patos, muita gente estava aglomerada à espera destes. Foi
um momento de intensa revolta e senão houvesse policiais em grande número para
fazer a segurança dos detidos estes teriam sido linchados pelo povo exaltado,
que queria fazer justiça pelas próprias mãos. Houve agressão e empurra-empurra.
Um suspeito de envolvimento, detido, que chegava no mesmo momento, foi
confundido como integrante do grupo de assaltantes e apanhou bastante ao passar
próximo ao cordão de isolamento pelo público.
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