Marcos Eugênio
A polícias Militar, Civil,
carcerária e Ministério Público da Paraíba participaram em conjunto de um
operação denominada Tempestade no Sertão desencadeada em alguns municípios
sertanejos e na Capital João Pessoa, nesta terça-feira 12. Foram cumpridos 17
mandados de prisão temporária expedidos pela Vara de Entorpecente da Comarca de
Sousa, através do juiz Philipe Guimarães Padilha Pilar.
Os mandados foram cumpridos em
João Pessoa, Pombal Catolé do Rocha, Bom Sucesso e Sousa. Junto com a
organização criminosa, acusada de tráfico de drogas e roubos à agências
bancárias, foram apreendidas drogas, a exemplo de 800 pinos de cocaína, que renderia R$ 40 mil aos
traficantes, armas, grande quantidade em dinheiro, não especificado pelo
comando da operação, celulares, máquina de operar cartões de crédito, máquinas
fotográficas, joias, dentre outros.
Os líderes da quadrilha, segundo
o delegado André Rabelo, superintendente da 3ª Região Integrada da Segurança
Pública da Paraíba, comandavam ações de dentro do Presídio Dr. Romeu Gonçalves
de Abrantes (PB1). Trata-se de José Aparecido Soares de Araújo, conhecido por
Cidão, auxiliado por Ary Muniz. A quadrilha é apontada pelo arrombamento das agências
bancárias de Aguiar, Junco do Seridó, Casa Lotérica de Paulista, além de roubos
de caminhonetas, motocicletas e a empresários do Sertão.
O grupo fazia o comércio de
drogas (cocaína, crack e maconha) em Patos, Sousa, Pombal, São Bentinho,
Cajazeiras, João Pessoa, além de Salvador-BA e Petrolina-PE. O inquérito
policial de Tempestade no Sertão foi comandado pelo delegado seccional de
Patos, Cristiano Jacques.
Todos os detidos foram trazidos
para Patos, onde o delegado geral da Civil, Carlos Alberto explicou que a
operação fez parte de mais uma ação do programa Paraíba Unida pela Paz, que
congrega todos os órgãos de segurança pública.
Segundo o delegado Jacques, o
grupo agia em duas frentes, uma responsável pela venda de drogas e a outra
praticando roubos nas agências bancárias, inclusive implantando seguranças
nestas os quais passavam informações do funcionamento das agências e de
clientes que se tornavam vítimas. Os entorpecentes eram trazidos de São Paulo
por motoristas que pegavam fretes com destino a Sousa e entregue ao traficante
Cizinho do Canal, que já foi preso anteriormente duas vezes por tráfico e com
ele apreendidos os 800 pinos de cocaína. Da Cidade Sorriso a droga seguia para
outros municípios.
Na quadrilha havia segurança de
Banco do Brasil, Correios e até um Cabo da PM, Lins, que estava tirando guarda
no presídio de catolé do Rocha. Ele fornecia armas para o bando. Na casa do
filho (foragido) desse Cabo, de acordo com informações do delegado Cristiano,
foi encontrado a cocaína.
O delegado André Rabelo disse que
as investigações que culminaram com a prisão dos 17 acusados dos crimes, sendo
duas mulheres, começaram há três meses a partir da investigação de uma
tentativa de homicídio e outros fatos foram levando à quadrilha.
Houve caso de um dos acusados, de
nome Suélio, abrir uma empresa em Pombal para lavagem do dinheiro oriundo dos
crimes, segundo Delegado André Rabelo.
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