Em uma hora e meia de depoimento na Delegacia de Repressão ao Crime
Organizado (Draco), no Centro do Rio de Janeiro, Luiz Antonio, jogador do Flamengo, tentou
esclarecer uma suposta relação com uma milícia da Zona Oeste da cidade. Segundo a
investigação, ele teria dado um carro de luxo a um dos chefes da
quadrilha. Depois de prestar esclarecimentos, voltará aos treinamentos
com o clube na manhã desta sexta-feira.
No depoimento, Luiz
Antonio repetiu a versão de que o veículo foi roubado quando
estava sendo guiado por seu pai, que ainda será ouvido pela Draco.
Aparentando tranquilidade, confirmou a relação de amizade com Alexandre
da Rocha Antunes, um dos mais de 20 presos em operação
que desarticulou a quadrilha e se apresenta como irmão de criação do
volante. Mas ele negou que os dois tenham sido criados juntos.
- Eu o conheço, é meu amigo, mas irmão de criação é como ele se
apresenta. Não sabia da relação dele com isso (milícia). É um policial
civil, e a gente acredita que está aqui para proteger. Nunca ia acreditar
que estava no meio disso - afirmou.
O jogador chegou ao local acompanhado dos advogados Michel Assef e
Michel Assef Filho, este último que também trabalha para o Flamengo em
casos em geral. A suspeita sobre Luiz Antonio era sobre a possibilidade de um golpe na
seguradora. Segundo a investigação, ele teria presentado com o carro um
dos chefes da quadrilha e registrado o roubo em seguida.
- Não
dei meu carro. Ele foi roubado com meu pai dentro. Eu estava viajando.
Se pago o seguro, tenho direito de receber - comentou.
O delegado Alexandre Capote ficou satisfeito com o depoimento. No entanto, garantiu que informações apresentadas pelo volante
ainda serão confrontadas com o material apurado para checar a veracidade
das mesmas.
- O jogador prestou declarações e foi um passo importante no inquérito. A partir daí, vamos tomar um conjunto de providências visando encerrar as investigações no prazo de 30 dias. Ouvimos essas pessoas para confrontar com as demais provas.
A lamentar, segundo o delegado, a ausência do pai do jogador, Luiz Carlos Francisco Soares, que não compareceu alegando não ter recebido qualquer notificação. A expectativa é de que ele vá ao local nesta sexta-feira para prestar esclarecimentos.
- O depoimento do pai é fundamental. Ele não se apresentou, apesar de ter sido notificado. O advogado dele, inclusive, me disse que estaria aqui. Quero crer que amanhã (sexta-feira) se apresente - comentou Capote.
- O jogador prestou declarações e foi um passo importante no inquérito. A partir daí, vamos tomar um conjunto de providências visando encerrar as investigações no prazo de 30 dias. Ouvimos essas pessoas para confrontar com as demais provas.
A lamentar, segundo o delegado, a ausência do pai do jogador, Luiz Carlos Francisco Soares, que não compareceu alegando não ter recebido qualquer notificação. A expectativa é de que ele vá ao local nesta sexta-feira para prestar esclarecimentos.
- O depoimento do pai é fundamental. Ele não se apresentou, apesar de ter sido notificado. O advogado dele, inclusive, me disse que estaria aqui. Quero crer que amanhã (sexta-feira) se apresente - comentou Capote.
O Flamengo optou por não se pronunciar
sobre o caso até o avanço das investigações, e o jogador não participou
dos últimos treinamentos do time. Apesar da volta aos treinamentos na sexta-feira, o jogador não deve
viajar com o grupo para Curitiba, onde o Rubro-Negro enfrenta o Coritiba, neste
domingo, pelo Campeonato Brasileiro. A expectativa agora é de seguir a
vida.
- É chato ter que testemunhar por algo que você não fez - lamentou Luiz Antonio.
- É chato ter que testemunhar por algo que você não fez - lamentou Luiz Antonio.
G1
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