Cerca
de 150 médicos, enfermeiros e coordenadores de epidemiologia da 3ª Macrorregião
de Saúde, que envolve municípios das áreas de Patos (3ª gerência), Piancó (7ª)
e Princesa Isabel (11ª) estão participando de uma capacitação nas ações de vigilância,
controle e diagnóstico da tuberculose e hanseníase. O evento promovido pelo
Governo do Estado, através da SES – Secretaria de Estado da Saúde, acontece
hoje e amanhã, quarta-feira 19, no auditório da 6ª Gerência de Educação, em
Patos, tendo como facilitadora a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da
Paraíba, Mauricélia Holmes.
Essa
capacitação se deve ao diagnóstico tardio da tuberculose feito na emergência, nos
hospitais de referência, quando a preconização do Ministério da Saúde prevê que
isso ocorra na atenção primária, nas unidades básicas de saúde. Nesse encontro,
além do trabalho de diagnóstico, os profissionais de saúde recebem orientações
sobre o manejo das duas doenças. “Uma das grandes dificuldades na atenção
básica tem sido a de diagnosticar a tuberculose e os casos são enviados para os
hospitais de referência. Os profissionais da atenção básica são se sentem muito
aptos para fazer esse diagnóstico e queremos desmistificar isso, já que o exame
da tuberculose é fácil, laboratorial, que confirma, através da baciloscopia, análise
do escarro do paciente, se ele possui ou não a doença”, informou Claudicéia.
Na
Paraíba são 1.200 pacientes com tuberculose e surgimento de 1.100 novos casos por
ano. A taxa de mortalidade decorrente dessa doença gira em torno de 3,6%,
dentro da média nacional, segundo Holmes. Um dos problemas detectados pela SES
tem sido em relação ao abandono do tratamento, considerado alto. A chefe do
Núcleo de Doenças Endêmicas aponta prováveis causas para isso, como o paciente
fora de domicílio, enfrentando problemas de transporte, locomoção. “Estamos
aqui justamente para garantir também o acesso dos pacientes para que possam
levar até o fim seu tratamento”, acrescentou Mauricéia.
Além
das capacitações sobre hanseníase, assunto a ser trabalhado nesta quarta, e
tuberculose, o Governo do Estado vem implantando laboratórios, hoje 45 cidades
na Paraíba realizam os exames da doença, oferecendo insumos, através do Lacen, implantando
a cultura do escarro, que permite confirmar também o diagnóstico da tuberculose
e assessorando os municípios, mesmo depois das capacitações, indo ao encontro
deles quando solicitado.
Apesar
da tuberculose ser associada às causas sociais, como pobreza, falta de
saneamento básico, habitação, alimentação, má distribuição de renda, porém não
impede que pessoas de classe média alta não venha a contraí-la, já que se trata
de uma doença infecto-contagiosa ligada à imunidade, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK).
Sintomas mais frequentes de Tuberculose
·
tosse seca contínua no início, depois com presença
de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes,
em uma tosse com pus ou sangue
·
cansaço excessivo
·
febre baixa geralmente à tarde
·
sudorese noturna
·
falta de apetite
·
palidez
·
emagrecimento acentuado
·
rouquidão
·
fraqueza
·
prostração.
Os casos graves de tuberculose apresentam:
·
dificuldade na respiração
·
eliminação de grande quantidade de sangue
·
colapso do pulmão
·
acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o
pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.
Marcos Eugênio (6ª GRS Patos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário