Foto:Marcos Eugênio |
O presidente do
SINFEMP - Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região,
José Gonçalves, reafirmou na manhã dessa quarta-feira, dia 4, que as criticas
feitas pelos vereadores não atingem a entidade e nem tampouco a categoria, no
tocante aos aumentos salariais concedidos, pois foi tudo debatido e aprovado em
reuniões e assembleias com a participação de todos os sindicalizados.
Para o
sindicalista, nenhum vereador que atacou o sindicato tem moral para isso, pois
nunca defendeu os interesses dos servidores e apenas os seus interesses
pessoais.
Ele iniciou
citando o vereador Zé Mota, que quando era secretário se negou a conceder o
aumento para os professores, chegando a afirmar em plena reunião que não teria
coração para dar aumento e que se o prefeito Nabor Wanderley quisesse conceder
tudo bem, senão ficaria como estava, sendoque o prefeito deu o primeiro aumento
de 20% retroativo a 1º de janeiro de 2005.
Além disso, o
sindicalista lembrou que foi Zé Mota e sua esposa Márcia Mota que criaram um
verdadeiro terrorismo junto às merendeiras e auxiliares de serviços, colocando
as mesmas para trabalharem oito horas por dia e foi através da luta do SINFEMP,
nas ruas, ocupando a secretaria e Prefeitura, que foi garantida a manutenção
das 6 horas até hoje. “Qual a moral que esse vereador tem de criticar o
sindicato e a luta dos professores e demais servidores, se ele e sua esposa,
foram uns verdadeiros carrascos para com os servidores da educação?”, indagou
Gonçalves.
Em relação ao
vereador Ivanes Lacerda, o sindicalista também afirmou que esse é que não tem
as mínimas condições de agora defender servidor, pois na gestão do ex-prefeito
Dinaldo Wanderley, a merendeira recebia R$ 46,34 e os demais servidores R$ 57,00
sem contar com o salário atrasado dos aposentados e seis meses de salários
atrasados dos contratados que ganhavam apenas R$ 92,00 e em nenhum momento o
parlamentar abriu a boca para fazer a defesa do pagamento do salário mínimo e
do pagamento em dia desses servidores.
No tocante ao
vereador Edmilson o sindicalista parabenizou, pois o mesmo começou a falar,
depois de três anos sem abrir a boca, sem falar em nada, pois foi eleito por um
esquema político, em seguida mudou de esquema, depois de ter conseguido um
emprego comissionado para a sua esposa, que é professora e agora mudou mais uma
vez de lado político, podendo ser chamado do vereador camaleão. Ainda citou que
o mesmo votou no projeto de lei 028/2010, que tratava dos precatórios, por
determinação do atual prefeito, quando o sindicato foi para a Câmara pedindo
que não votasse e o mesmo votou dizendo que em pouco tempo os servidores
recebiam os seus valores e até o momento nada.
Gonçalves
afirmou ainda que ao chegar à Câmara distribuiu as duas tabelas de aumento
salarial dos servidores da secretaria de Educação e dos servidores da saúde,
colocando na mesa de cada vereador e vereadora, além de distribuir com os
presentes no auditório e que apenas o
vereador Almir Mineral pediu esclarecimento das tabelas apresentadas. Ele
explicou e que qualquer outro vereador poderia fazê-lo normalmente.
Em relação ao
vereador Edileudo, que acompanhou todas as assembleias do SINFEMP, Gonçalves
afirmou que o seu posicionamento um pouco diferenciado, decorre da posição do
seu partido em ter rompido politicamente com o prefeito Nabor, que o
respeitava, pois diferencia dos vereadores anteriores, e sempre esteve na luta
com os professores de Patos.
Para Gonçalves,
o problema está concentrado na disputa eleitoral desse ano, onde essa discussão
não interessa para os servidores no momento da votação do aumento. Adiantou que
todos os professores de Patos sabem quanto receberam de aumento salarial de
janeiro de 2005 a abril de 2012, totalizando 156% de aumento, com uma média de
19,5% ao ano, superando todas as categorias desse país. Acrescentou que os
vereadores da oposição não têm como mostrar isso, especialmente os que apoiavam
o gestor anterior a exemplo de Ivanes Lacerda, que talvez lembre apenas de seis
reais de aumento concedido aos professores, quando o salário mínimo era de R$
130,00 e aumentou para R$ 136,00 no governo de FHC e Dinaldo, quando ele era da
base de apoio.
O sindicalista
reafirmou que está tranquilo, que não tem família empregada em governo
municipal, estadual e federal e que até compreende o desespero de boa parte dos
vereadores, pois os mesmos apostam no quanto pior melhor, mas tem que engolir,
tem que votar os aumentos concedidos pelo Prefeito Nabor, engolir ainda mais a
realização de concurso público e a convocação dos aprovados, de aumento
salarial para os servidores da saúde e de ter mantido o diálogo com a entidade
e servidores municipais.
Sobre a questão
política o sindicalista afirmou que o SINFEMP é autônomo, independente e
classista, sempre lutando em defesa dos interesses da categoria
independentemente de quem estiver no poder.
A saída do sindicalista
José Gonçalves da Câmara no meio da sessão foi devido a problemas de saúde de
sua mãe de 91 anos que está enferma e recebeu ligação que teria que levar a
mesma ao hospital. “Primeiro não sou igual a determinado vereador que até
intrigado da mãe é. Não fujo da luta, não tenho medo de lutar em todas as
trincheiras, pois tenho meu ideal, minha ideologia e não vão ser os algozes, a
direita que tentará calar a minha voz a minha luta”, desabafou o mesmo.
Gonçalves
afirmou que está tranquilo, pois enquanto consegue aumento salarial para os
servidores, os vereadores não conseguiram nada, a não ser aumentar os seus
salários.
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