Torcida protestou or falta de ingressos |
Edileudo reclamou da decisão da Justiça |
Moral de Seu Boneco, o matemático |
O jogo começou com grande equilíbrio |
Muita tensão na contusão de Rodrigo |
Edmundo abriu o placar |
Companheiros da crônica esportiva, Damião Lucena, Paulinho Cabeça Fria e Eduardo Rabelo |
Diogo fez o 3º do Nacional na flaha do goleiro Gian |
Maurício Cabedelo elogiou a equipe por mais uma vitória |
Mais uma edição do maior clássico sertanejo,
Nacional X Esporte, terminou com mais uma vitória nacionalina, 3x2. Uma partida
em que não faltaram emoções. Antes mesmo do início a torcida ameaçava entrar à
força no Estádio José Cavalcanti. Não havia ingressos à venda. O motivo foi uma
determinação da Justiça para bloquear a renda, já que o mando de campo era do
Esporte. Uma ação trabalhista movida pelo atleta Nilson Paraíba, no valor de R$
31.070,00, estava sendo executada. A diretoria, que tenta um acordo sobre o
valor, não colocou ingressos nas bilheterias.
Só havia acesso para quem comprara com
antecedência. Ao apito inicial, para evitar tumultos, a polícia se
responsabilizou e abriu os portões. “Como o atleta cobra horas extras por
trabalhar no domingo? Não entendemos como isso pode ser possível”, explicava a
situação o eterno presidente de honra do Patinho.
Deixando essa peleja do Pato, vamos para o mais
importante, o duelo com clubes em situações bastante diferentes. De um lado o
Esporte na zona do rebaixamento, com nove derrotas em doze jogos. De outro o
Nacional buscando sua quarta vitória consecutiva, correndo para alcançar o tão
cobiçado G4. Um minuto de silêncio em respeito à morte do atleta do Esporte, o
jovem Carlos Araújo (Carlinhos), morto a tiros na última sexta.
O lance mais perigoso do jogo não foi de chance
de gol desperdiçada por um atacante, mas sim um acidente de trabalho envolvendo
o camisa 11 do Esporte, Rodrigo, e a zaga nacionalina. O atacante caiu de mau jeito
e machucou o pescoço. Teve convulsão, foi assistido pelo médico Denilson Alencar
e levado para o Hospital de Patos, onde foi assistido pelo médico diretor
Eliseu de Melo e fez exames, que não apresentaram fraturas e ele continua em
observação na área amarela.
Esporte começou melhor, dominando a partida, cm
bons lances de perigo de gol, até abrir o placar aos 26 com o veterano Edmundo,
que aproveitou o chute de Dimas, que havia entrado no lugar de Rodrigo e com o
oportunismo que lhe é peculiar, deslocou o goleiro do nacional, o capitão
Mauro. Depois disso o Canário acordou, cresceu no jogo, principalmente com a
entrada de Ruan, no lugar de Novinho, e três minutos depois o meia Diogo chutou
forte na trave, para suspiro da torcida. O empate era questão de detalhes,
apesar dos contra-ataques do Patinho sempre levarem perigo. Aos 45, o atacante
Williams, camisa 9, em bola vindo de linha de fundo, cabeceou sem defesa para o
goleiro Gian. A primeira etapa ficou no 1x1.
No intervalo o prefeito Nabor Wanderley assinou,
juntamente com representante do Nacional, Esporte e da Liga Patoense de
Futebol, concessão de uso por 20 anos de espaço no José Cavalcanti para que as
três entidades possam expor seus troféus, fazer funcionar loja de souvenires,
uma espécie de escritório misturado com loja.
Com início do segundo tempo, Nacional foi pra
cima em busca da virada, que veio rápido, aos seis minutos, em belíssima
cobrança de falta pelo lateral esquerdo Geilson, depois que Du foi derrubado
pelo volante Jacó, do Esporte, amarelado pelo árbitro José Renato. Cobrança
perfeita. Bola no ângulo esquerdo do goleiro Gian, que só observou ela cair no
fundo dos barbantes.
Poucos minutos depois Du, mesmo machucado,
arrancou pela direita e cruzou forte e rasteiro. O Goleiro do Esporte, com
excesso de confiança deixou a bola passar entre as pernas, falha incrível, e
ela sobrou para Diogo, que sozinho fez Nacional 3x1, para desespero do técnico
alvirrubro, Luis Henrique. Gian se redimiu dessa falha com três grandes
defesas.
O Patinho ainda diminuiu, aos 32, através do
zagueiro Paiva. Delany cobrou falta e apareceu por trás da zaga, que tentou
fazer linha de impedimento, mas falhou, deixando o zagueirão livre para
diminuir a vantagem do Canário. Aos 43 em outra bola alçada na área do Nacional,
o Esporte acertou o travessão. A torcida alviverde começou a pedir o final do
jogo, que foi até os 48 minutos.
O meia Téo do Esporte falou das dificuldades do
Esporte, mas disse que não há nada perdido, com relação ao rebaixamento. O
Esporte continua com apenas sete pontos ganhos de 39 disputados até o momento e
é o penúltimo colocado, na frente apenas do Flamengo da capital. Os dois estão
na zona da degola.
O jogo teve como árbitro central José Renato, auxiliado
por Clisenilton Dantas, Alberto Santos e Washington Silva. Tomaram cartão
amarelo pelo Esporte: Paiva, Jacó e Fernando Junior. Pelo Nacional: Anderson
Lima. O capitão do Nacional levantou o troféu pela vitória, troféu este que
leva o nome do ex-massagista do clube, Vladmir José Viana de Medeiros, China,
entregue por sua filha.
Sobre a quarta vitória sob seu comando, o
técnico do Nacional, Maurício Cabedelo disse que elas acontecem não por acaso,
mas pelo empenho de todo o grupo, que está unido com esse propósito.
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