Inácio Andrade Torres
Na íntegra, transcrevemos em nossa coluna de hoje, a homenagem ao inesquecível músico paraibano, professor e trombonista internacional, Radegundis, escrita pelo professor aposentado da UFPB, Murilo Bernardo.
RADEGUNDIS
Murilo Bemard
Seu trombone calou para sempre,
Seu metal não brilha mais.
Seu metal não brilha mais.
Os lábios mágicos que o sopravam,
As mãos malabaristas que o manejavam,
Em maravilhoso ritmo e harmonia,
Em maravilhoso ritmo e harmonia,
De repente,
De forma dolorosa, viraram cinzas.
Seus solos, agora, levados pelo vento
Da saudade e agonia,
Da saudade e agonia,
Fazem dueto com as águas do rio Piancó,
Que parecem rezar como um monastério,
Pelo desaparecimento de tão expressivo filho,
De tão fantástico músico.
Pelo desaparecimento de tão expressivo filho,
De tão fantástico músico.
Se fez pássaro musical.
Voou países e continentes;
E nenhum viveiro dourado
Voou países e continentes;
E nenhum viveiro dourado
Onde se exibiu, conseguiu prendê-lo.
Pois, a Paraíba, Itaporanga, a UFPB
Pois, a Paraíba, Itaporanga, a UFPB
E seu trombone, faziam parte de seu ser,
Como sua vida e sua sombra.
Como sua vida e sua sombra.
Somente, hoje, separados,
Pela dor de sua morte prematura.
Coluna publicada simultaneamente com o pbnoticias.com
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