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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Polícia Federal prende 42 pessoas acusadas de fraudar transações bancárias pela internet


Quarenta e duas pessoas foram presas, em São Paulo e Minas Gerais, esta manhã pela Polícia Federal, acusadas de participar de uma quadrilha que realiza operações bancárias fraudulentas através da internet. As prisões fazem parte da Operação Muro de Fogo, realizada pela Delegacia da PF em Uberaba com o apoio da 1ª Promotoria de Combate ao Crime Organizado da cidade para desbaratar o grupo. A suspeita é que os acusados atuem em Uberaba, Goiânia (GO) e São Joaquim da Barra (SP).
Hackers usavam até menores nos golpes
Computadores, automóveis e R$ 72,3 mil em espécie também foram apreendidos pelos cerca de 250 policiais federais de cinco unidades da federação (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal) que fazem parte da operação. Os agentes cumprem 49 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão expedidos pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Uberaba, Daniel Cezar Botto Collaço, nas três cidades.
Entre os detidos, 40 são de Uberaba, um de Goiânia e um de São Joaquim da Barra. A PF investigava a quadrilha há oito meses e estima que ela seja responsável pelo furto de mais de R$ 1 milhão por mês entre saques em caixa eletrônico, pagamentos de boletos e saques na boca do caixa.
De acordo com a polícia, os criminosos conseguiam números de contas bancárias e senhas para as transações não autorizadas, trazendo prejuízos a correntistas e diversas instituições financeiras. A PF se surpreendeu ao descobrir que a quadrilha também aliciava menores para conseguir os boletos bancários usados na consolidação dos golpes.
O grupo usava programas que são disseminados por e-mail aos usuários e, quando instalados nos equipamentos, monitoravam as máquinas capturando os dados. Posteriormente, o dinheiro era transferido para contas de laranjas, pessoas que emprestaram a conta bancária para receber as transferências fraudulentas.
Na operação também estão sendo detidos os hackers, pessoas que desenvolveram ou utilizaram os programas espiões. O nome escolhido pela PF para a operação é uma tradução da palavra firewall, software que protege os computadores contra invasões externas.

Redação com Agência Estado
ilustração:www.acores.net

2 comentários:

Anônimo disse...

A policia muitas vezes é amena com os "laranjas", porque ele é postado como uma pessoa ingênua, que foi enganado, etc.

Tem que ser punido como o que armou todo o esquema. Só assim deixa de ter "gente bestinha" pra esse tipo de golpe.


Danilo Torres
.: danilotbarros@yahoo.com.br :.

Ismael Nóbrega disse...

Quando é que esses piratas, corsários, bandidos travestidos de hackers da internet vão cair no mundo real e que existe uma instituição pública competente neste país chamada Polícia Federal, que a cada dia está se capacitando e se especializando no combate aos crimes digitais. Pobres crianças, nerds iludidos com a rapidez da expertise e desiludidos com a sombra de uma impunidade que aos poucos está se "espraiando" de nossa sociedade. Parabéns PF. A Polícia Federal do Brasil!

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