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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Crack e as crianças de Patos


Delegados lotados na 5ª Superintendência de Polícia Civil de Patos, PM, PF, membros do Conselho Tutelar, Pastoral da Criança, do menor, autoridades judiciárias, estão preocupados com o consumo de drogas pelo público infanto-juvenil. Para manter o vício as crianças estão roubando celulares, dentre outros objetos para trocá-los por entorpecentes. O celeular roubado é e comercializado na maioria das vezes pelo valor irrisório de até R$ 10,00.
Ontem, por volta das 11h da manhã, um menor de 13 anos, já bastante conhecido pelos policiais civis por estar sempre envolvido com furtos e consumo de drogas, falou ao Garimpando Palavras que que era usuário de crack a um ano. A exemplo dele são muitos os que passam pela 5ª Superintendência, segundo a delegada Sílvia. Os procedimentos de praxe são feitos, a criança é entregue a seus "responsáveis" e tudo volta à rotina. Enquanto conversávamos com o menor, policiais agentes civis colocavam nas grandes Gilvan Amaro, 33 anos, residente no Baixo Meretrício, próximo à linha férrea. Depois de uma denúncia anônima de que este mantinha uma boca de fumo funcionando à luz do dia, os policiias foram até o endereço e fizeram busca, encontrando maconha e crack. Foram encontrados 15 papelotes de maconha, 15 de de crack, além certa quantia em dinheiro trocado e duas notas de R$ 20,00 provavelmente falsas e já entregues à PF. De acordo com levantamento feito pelos policiais, Gilvan comercializava por dia 100 papelotes de maconha e 100 de crack. Foi transferido para o Presídio de Patos. Esta foi a terceira vez que Gilvan foi detido por tráfico de drogas. Fazia dois meses que este havia deixado o Presídio Regional. Além de comercializar, ele é acusado de ser distribuidor de drogas na cidade. Quem não se lembra da Operação Fim de Linha, desenvolvida pela PF em Patos, em 27 de março de 2006? Nela foram presas 16 pessoas integrantes de uma organização criminosa que traficava drogas, da qual crianças eram exploradas nesse comércio. Hoje os moradores do Beiral, bairro São Sebastião, onde ocorreu a ação policial, reclamam que o tráfico continua na localidade.

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