Diretora do Regional, Hígia Lucena, e o diretor clínico, Luiz Ferreira |
O Hospital Regional de Patos Dep.
Janduhy Carneiro continua atualizando os protocolos, seguindo normas técnicas do
Ministério da Saúde, buscando dar maior celeridade no atendimento dos usuários.
O novo diretor clínico do Regional, hospital de média e alta complexidade, Dr.
Luiz Ferreira, explica que o acolhimento com classificação de risco foi criado
pelo Ministério da Saúde para dar maior dinamismo e oferecer maior cuidado a
quem precisa de mais cuidado.
“O que acontece no Regional de
Patos é que há uma cultura na população que busca resolver todos os problemas
aqui, mesmo que não sejam de responsabilidade do Hospital. Se um paciente tem
uma dor de cabeça em casa, uma diabetes mais alta, ele tem o costume de vir ao
Janduhy Carneiro fazer buscar esse atendimento. Procedimentos que devem ser
realizados nos postos de saúde, a quem compete. Isso demanda um custo enorme para
o Hospital, tempo para os profissionais de saúde. Às vezes temos pacientes
muitos graves na área vermelha precisando de atenção integral e o médico acaba
ficando dividido”, argumento o diretor clínico.
Sobre os pacientes oriundos de
mais de 80 municípios da PB, RN, PE que buscam os serviços nas suas unidades de
saúde e não encontram médico, se dirigindo ao Janduhy Carneiro, Dr. Luiz
explica que esse fato não exime os órgãos competentes (municipais) de suas
responsabilidades e que o HRP não tem que abranger esses atendimentos. Orienta
este paciente que busca o serviço no seu posto de saúde e não encontra médico a
se informar em qual unidade mais próxima possui o profissional para a qual será
relocado.
O coordenador diretor clínico diz
que hoje o Janduhy Carneiro não está conseguindo suportar sua demanda, isso
porque foi projetado para atender certa quantidade de pessoas e hoje atende uma
população quase semelhante à de Campina Grande. Outras mudanças previstas é a
introdução de novos protocolos na área vermelha, para pacientes mais críticos,
visando homogeneizar o atendimento para não depender tanto do saber do médico.
“Todo médico que estiver no Hospital, na área vermelha, por ele exemplo, terá
que seguir esses protocolos. Estamos tentando melhorar o serviço de enfermaria,
colocando um médico em cada uma para que tenhamos um atendimento mais continuado,
e otimizar também os exames, tipo tomografia, que devem ser feitos apenas nos
casos de urgência e emergência e não aleatoriamente”, explicou.
Dr. Luiz fala da carência de
especialidades, destacando a de neurocirurgião, onde os pacientes com trauma de
crânio e que precisam de cirurgia são obrigados a ser relocados para Campina ou
João Pessoa. Procedimentos invasivos em cardiologia, ou seja presença de
cirurgião cardíaco, é outra carência profissional do Regional, apesar dessa
unidade de saúde ter realizado sua primeira cirurgia cardíaca, uma pericardiotomia,
em setembro desta ano.
Comenta que essa realidade não
faz parte apenas do Janduhy Carneiro, mas também de hospitais até maiores, que
possuem essa deficiência. São duas especialidades escassas no mercado,
acrescentando que se tratam de procedimentos muito caros e que demandam de
material bastante específico, mas que o HRP mantém laços estreitos com Campina
Grande e João Pessoa quando há a necessidade de tais serviços.
Fim das filas
O Hospital Regional conseguiu um
grande feito, onde o CRM colocou em seu último relatório que o serviço de
ortopedia do Janduhy Carneiro é uma referência para o Estado, isso porque por
várias vezes a fila foi zerada e hoje o paciente com fratura que precisa de
cirurgia ortopédico espera no máximo três, quatro dias pelo procedimento. “Por
várias vezes chegamos a não ter sequer um paciente para cirurgia. Graças ao
trabalho do coordenador de ortopedia, Dr. João Suassuna, essa realidade mudou,
conseguindo eliminar aquela imensa fila que tanto incomodava a sociedade”, enalteceu
os avanços.
O Hospital Regional de Patos
atende uma média diária de dez pessoas vítimas de acidentes envolvendo
motocicletas. O número é assustador, tanto para a direção quanto para as
autoridades do trânsito, que receberam orientações do Ministério Público e
estão iniciando uma série de ações educativas e punitivas para tentar diminuir
as estatísticas de violência no trânsito, que causa custos bastante elevados
para os cofres públicos e muitas sequelas, inclusive com mortes na sociedade.
Marcos Eugênio (Ascom)
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