A cidade de Patos recebe na manhã desta quinta-feira 19, no auditório
do Sebrae, uma capacitação de manejo clínico de dengue e chikungunya, oferecida
pela Secretaria de Estado da Saúde, com apoio da 6ª Gerência Regional de Saúde.
A qualificação é direcionada a médicos, enfermeiros da rede pública e privada
de saúde da Paraíba, além de coordenadores de vigilância epidemiológica.
As informações técnicas sobre as referidas doenças estão sendo
repassadas pelo médico infectologista de São Mamede, Rodolfo Dantas e pela
equipe de epidemiologia da SES.
Todos os 223 municípios paraibanos estão sendo contemplados com
essa capacitação. Nesse encontro de Patos participam profissionais de saúde da
6ª região (Patos), 7ª (Piancó) e 11ª (Princesa Isabel).
A ideia do Governo do Estado, através do Plano de Contingência
de Dengue e Chikungunya é fazer com que a população conheça a sintomatologia, a
prevenção a essas doenças. Para isso torna-se importante que os profissionais
de saúde saibam fazer o manejo clínico e diferenciar a dengue da chikungunya,
provocadas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.
Izabel Sarmento, gerente operacional de Vigilância
Epidemiológica da SES, explica que importante fazer a prevenção tanto na parte
da vigilância ambiental como na epidemiológica. “Os profissionais aqui
participante saem do encontro preparados para manejar e conduzir todas as ações
frente a um caso suspeito de chikungunya”, informou. Ela falou sobre os casos
já confirmados de chikungunya no Brasil e dos dois casos importados em
Pernambuco, daí a grande preocupação do Governo do Estado de realizar evento
com os profissionais de saúde de toda a Paraíba. Ela alerta sobre a dengue, que
está bastante presente no Estado e que provocou ano passado oito mortes.
O gerente regional de saúde, José Leudo Farias, destacou o
trabalho que a equipe da 6ª GRS vem realizando desde o ano passado nos 24
municípios de sua jurisdição, com visitas in loco, encontros de capacitação,
conversas com a sociedade organizada, visando a prevenção e combate ao mosquito
da dengue. Citou o aumento do índice de infestação predial, algo esperado
devido as chuvas, e que a população tem ser o maior parceiro. “Os habitantes
têm que ter a consciência que a dengue pode atingir qualquer pessoa e precisam
tomar os cuidados necessários”, disse Leudo.
Sobre a fraude que alguns municípios fazem, maquiando números
sobre a infestação predial, colocando-os abaixo da realidade, José Leudo diz
que uma vez que o município faz vista grossa a esses números, amanhã poderá
haver mortes e deixa a pergunta: “Quem será culpado?”.
A doença –
Os sintomas da febre chikungunya são muito parecidos com os da dengue,
incluindo dores no corpo, nas articulações, manchas vermelhas na pele e febre
de início repentino. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade, mas os
sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Pessoas com
doenças crônicas têm mais chance de desenvolver as formas graves da doença. O
vírus causador da febre chikungunya é transmitido pela picada da fêmea de dois
mosquitos, o Aedes aegypti, presente em áreas essencialmente urbanas, e o Aedes
albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais. O mosquito adquire o
vírus ao picar uma pessoa infectada e, após um período médio de incubação de
dez dias, já se torna capaz de transmitir a doença a um humano.
De acordo com o último boletim da
dengue e chikungunya da SES, referente ao período de 1º de janeiro a 3 de março
(8ª semana epidemiológica de início de sintomas), foram notificados três casos
suspeitos de chikungunya, pertencentes aos municípios de Pombal, Alhandra e
Campina Grande, sendo dois deles descartados e um ainda em processo em
investigação, aguardando resultado.
A SES-PB informa que todo caso
suspeito de chikungunya é de notificação compulsória imediata e deve ser
informado em até 24 horas às esferas municipal, estadual e federal, através dos
telefones: 0800.281.0023/ 3218-7331/ 8828-2522.
Com informações da Secom
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