Com a
chegada do período chuvoso, aumentam os casos de pessoas com as conhecidas
viroses. Por isso, o Governo do Estado orienta como a população deve agir nos
casos dessas doenças, que tem como sintomas dor de cabeça, coriza, tosse,
obstrução nasal, dores musculares, febre, cansaço e fraqueza.
De acordo
com o infectologista do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, que integra a
rede hospitalar do Estado em João Pessoa, Fernando Chagas, isso acontece
porque, nesta época do ano, além das constantes alterações climáticas, a
população tende a se aglomerar, especialmente em ambientes fechados, aumentando
a probabilidade de transmissão. “As mudanças no clima podem facilitar a entrada
de vírus e bactérias em nosso organismo. Com a baixa imunidade, principalmente em
idosos e crianças, as alterações climáticas exigem cuidados especiais,
sobretudo no inverno, época mais fria do calendário”, explicou.
O
infectologista alerta que os vírus acometem todas as idades, entretanto, nas
crianças são mais comuns por frequentarem ambientes como escolas e creches.
“Uma criança adoece, em média, seis vezes ao ano. Quando elas estão em
creches podem ser acometidas muito mais vezes em virtude da aglomeração
facilitando, assim, a transmissão das doenças. Temos mais cuidado com os extremos
da idade, logo, idosos e crianças são os alvos principais de nossa ação e
cuidados – as viroses tendem a ser mais fortes nesses pacientes devido a
questões de imunidade”, comentou.
Vale lembrar
que, como o nome já diz, virose é qualquer doença causada por vírus. Existe uma
grande quantidade de vírus que causam as viroses clássicas, entre as quais a
dengue, a gripe e o resfriado comum. A maioria dos pacientes é acometida pelo
resfriado e costuma confundir com a gripe. “O resfriado pode ser causado por
diversos vírus, mas tem o rinovirus como o principal deles. A doença é
caracterizada por apresentar coriza, espirros, tosse e febre baixa. O resfriado
acomete apenas a via aérea superior, não chegando aos pulmões”, explicou o
infectologista.
Já a gripe é
uma doença sistêmica. “Ela é causada por um vírus chamado Influenza e todos os
anos, vacinas são desenvolvidas para prevenir. A gripe é uma das raras doenças
causadas por vírus que tem medicação. Todos os outros geralmente são destruídos
pelo próprio organismo e os tratamentos apenas diminuem o sofrimento do
paciente com medicações que aliviam os sintomas”, disse Fernando Chagas.
Como evitar
– Ainda de
acordo com o infectologista Fernando Chagas, são várias as maneiras de diminuir
a exposição aos vírus. “Se agasalhar, lavar as mãos sempre que sair do
banheiro, após andar em transporte coletivo e depois de contato com pessoas com
sintomas já é um ótimo começo”, disse. O médico também alerta que evitar
aglomerados em períodos de maior transmissão ajuda.
Cuidados – Os medicamentos de venda livre para
tosse e resfriado podem aliviar os sintomas em adultos e crianças, mas
consultar o médico é indispensável. “Caso o paciente sinta dores musculares,
tenha febre, dor de cabeça, fraqueza e demais sintomas, procure primeiro a
atenção básica [Unidade de Saúde da Família]. Caso os sintomas sejam mais
intensos, com sinais de gravidade, uma Unidade de Pronto Atendimento [UPA] será
a melhor opção. A virose clássica, o resfriado e a gripe são, na grande maioria
das vezes, doenças benignas, porque se resolvem sozinhas”, completou o
infectologista.
Tratamentos
complementares (canjas, vitamina C, sucos naturais) são seguros para a maioria
das pessoas, mas também vale a recomendação de procurar o atendimento médico.
“Importante também lembrar que a hidratação é primordial, então, se adoecer,
beba muita água, procure se alimentar bem e vá ao médico mais próximo”,
recomendou Fernando Chagas.
secom
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