Quinze estados
ganharão centros de treinamentos para categoria de base bancados com
dinheiro do legado da Copa do Mundo de 2014. Entre eles, a Paraíba.
A Folha
apurou que a CBF tem uma verba de R$ 250 milhões para a construção dos
15 CTs, projeto que foi anunciado nesta segunda-feira (27), na sede da
entidade no Rio, durante um encontro de treinadores da base dos 40
principais times das Séries A e B do Brasileiro.
O dinheiro faz parte do orçamento de legado da Copa e já estava na previsão de gastos da Fifa no país.
Ricardo Teixeira, presidente que renunciou em 2012 após escândalos de
corrupção na Fifa, da qual era membro do comitê executivo, havia
prometido aos Estados que não receberam jogos da Copa compensações por
não estarem entre os 12 finalistas, e a atual gestão optou pela
construção dos CTs de base.
Os Estados do Acre, Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás,
Tocantins, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco,
Alagoas, Espírito Santo e Santa Catarina, receberão CTs que custarão
cada um, em média, R$ 15 milhões e terão como prioridade a utilização
também por crianças carentes a partir dos 7 anos (esta uma exigência da
Fifa). Meninas também poderão utilizar as instalações, e faz parte da
tentativa da CBF em fortalecer o futebol feminino no país, que nunca
conquistou um título relevante.
A CBF bancará os recursos, mas a gestão será das federações
locais. Em alguns locais, como em Teresina, no Piauí, há até o projeto
de utilizar parte da verba para a construção de um pequeno estádio, que
possa receber jogos de times de base.
No planejamento traçado pela CBF, serão em torno de 720 atletas em
cada CT, totalizando 10,8 mil jovens participantes da formação. Para
Alexandre Gallo, coordenador da base da CBF, o foco será com os
jogadores menores de 14 anos.
A CBF já enviou ao governo federal projeto para incluir na Lei Pelé a
possibilidade de jovens com menos de 14 anos poderem ter vínculo com
clubes ou entidades, o que hoje a legislação trabalhista não permite. Na
avaliação da CBF, essa é uma das desvantagens do Brasil na formação de
atletas, que começa mais tarde do que em outros países, como Alemanha e
Argentina.
Folha Online
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