Formação
visa reduzir violência e melhorar convivência nas escolas
Aconteceu nesta quinta-feira 24, no
auditório da 6ª Gerência Regional de Educação, em Patos, uma formação destinada
aos educadores na rede estadual de ensino. Em toda a Paraíba a meta é preparar
2.200 professores e alunos no campo emocional e social para que possam
reconhecer e administrar suas emoções, melhorando assim a convivência e reduzir
a violência.
O evento, Formação Inicial da
metodologia Liga Pela Paz, sob coordenação da consultora pedagógica Maíse
Cordeiro, teve participação da secretária estadual de educação, Márcia Lucena e
do gerente regional Luiz Carlos Gabi.
Gabi destacou que essa formação Liga
pela Paz é importante para que se aprenda hoje a lidar com as emoções do
alunado desde crianças, futuramente é possível evitar a violência dentro da
escola. “Nas escolas pilotos dessa metodologia de trabalho em sala de aula na
Paraíba, as mudanças de comportamento apontam para a redução de comportamentos
agressivos e melhorando o rendimento do alunado”, comentou Gabi.
A Liga pela Paz, que começou com uma
experiência piloto em algumas escolas do Estado, agora tornou-se política de
educação, com a implantação desse processo de educação continuada que busca
regular aspectos da emoção entre alunos e professores, de todas as 14 gerências
de educação, chegando a professores de 1º ao 5º ano de 400 escolas de 139
municípios.
A secretária de educação da Paraíba,
Márcia Lucena, lembrou que nas escolas de João Pessoa onde houve implantação do
projeto Liga pela Paz houve um grande salto no Ideb – Índice de Desenvolvimento
da Educação Básico. “O que estamos trabalhando não é só uma ideia de enfrentar
a violência, de construir uma consciência pela paz, e sim algo concreto, que é o
desenvolvimento da inteligência emocional. Ao desenvolver essa inteligência,
interferir nesse comportamento, nos sentimos mais fortes e isso vai mudar a
forma do professor dar aula e do aluno absorver os conhecimentos”, comentou
Márcia.
Como identificar e traduzir os
sentimentos dos alunos pela expressão facial é um dos inúmeros exercícios
trabalhados na formação emocional e social dos professores na Liga pela Paz. O
aprendizado interativo professor/aluno chega até às residências, às famílias. “Chamamos
a isso de cultivo no lar. É como se fosse uma sementinha que o aluno plantasse
na escola e levasse para casa para ser regada e adubada com carinho pela
família”, explica Maíse Cordeiro, como os pais são inseridos nesse trabalho.
Os professores recebem acompanhamento,
apoio pedagógico permanente por uma equipe do órgão Inteligência Relacional. “A
gente acredita que teremos que haja uma mudança de postura, de costumes, de
comportamento. Que as escolas saiam da cultura da violência e que as pessoas
sejam mais tolerantes, compreensivas e tenham um relacionamento melhor”,
comentou Maíse.
Rosilda Caetano Oliveira possui 14
alunos. Ele leciona na Escola Estadual de Ensino Fundamental da Mina do Ouro,
na Vila de Itajubatiba, no Distrito de Catingueira. Úma das que participam da
formação. “Muitas vezes, nós professores, não estamos preparados emocionalmente
para estar em sala de aula. Essa qualificação vem ajudar a alunos e professor,
tanto em família, quanto em sociedade”, enfatizou.
Marcos
Eugênio
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