O agricultor conhecido por
Biu Mamede, dono de uma propriedade rural localizada no município de Mãe d’Água-PB,
interditou no final da tarde desta sexta feira, 25, um trecho da PB-276, que
está sendo construída pelo governo do estado, ligando aquela cidade ao vizinho
município de São José do Bonfim. O trecho interditado fica defronte a casa do
agricultor na localidade conhecida por Serra Preta e desde as 16:00h ninguém
sai e nem entra na cidade de Mãe d’Água pela rodovia.
De acordo com informações
de condutores de veículos que tentavam chegar á cidade, o agricultor construiu uma
cerca de arame no meio da rodovia e ainda abriu dois grandes buracos para
impedir a passagem dos veículos. Ainda de acordo com informações de moradores
próximos, Biu Mamede estaria insatisfeito com as propostas de indenização
oferecidas pela COSAMPA, empresa responsável pela obra. Em três tentativas de
negociação, os diretores teriam oferecido até R$ 50,000 pelo trecho de pouco
mais de 100m de rodovia que passou por dentro da propriedade do agricultor.
Informações não confirmadas por Biu Mamede dão conta de que ele só aceitaria R$
100,00 pelo trecho ocupado pela estrada.
Com a interdição, uma
grande fila de veículos se formou nos dois sentidos da rodovia e o ônibus que
transporta estudantes para a cidade de Patos, acabou voltando e prejudicando o
alunado. A prefeita do município, Margarida Tota (PPS), que se deslocava para a
cidade de Patos, também ficou com seu carro parado na barreira e sua maior
preocupação era com a possibilidade de alguém precisar de atendimento médico de
urgência no Hospital Jandhuy Carneiro, de Patos. Motoristas que se deslocavam
de São José do Bonfim para Mãe d’Água acionaram a Polícia Militar que esteve no
local, e depois de mais de 30 minutos de negociação o trecho foi liberado pelo
agricultor por volta das 07:00h. Máquinas da empresa fecharam os buracos e os
veículos puderam finalmente completar o trajeto. Testemunhas que acompanharam
as negociações disseram que Biu Mamede não descarta a possibilidade de voltar a
interditar o trecho, caso o valor da indenização que ele pede não seja pago.
Célio Martinez
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