O Brasil possui
a nona pior velocidade média de internet entre os 32 países que participarão da
Copa do Mundo, segundo levantamento do G1 nos dados
de conexão fornecidos pela companhia de infraestrutura de rede Akamai.
A taxa
de transferência do país é de 2,7 Megabit por segundo (Mbps), segundo
números de dezembro de 2013, os mais recentes disponíveis. Se entrassem em
campo, essas taxas de download e upload colocariam o Brasil no 24º lugar da
competição. Como somente avançam às oitavas-de-final os primeiros e segundos
colocados de cada um dos oito grupos, o país não estaria entre as 16 equipes.
Com isso, o país não passaria da fase de grupos do torneio, que começa no dia
12 de junho.
A conexão no
Brasil é mais veloz apenas que a da Costa Rica (2,1 Mbps), Honduras (2,1 Mbps),
Irã (1,2 Mbps), e dos países africanos, Gana (2,4
Mbps), Costa do Marfim (2 Mbps), Nigéria (1,8 Mbps), Argélia
(1,1 Mbps) e Camarões (0,9 Mbps) (Veja a lista completa abaixo).
Ainda que a velocidade
de internet brasileira fosse confrontada com as dos países do Grupo A,
como ocorrerá dentro de campo na Copa, o país ainda não passaria da primeira
fase. Isso porque dois dos adversários têm taxas de conexão domésticas maiores
que as do Brasil. Primeira rival no torneio, a Croácia tem velocidade média de
4,9 Mbps. O México, país da seleção a ser enfrentada na segunda rodada, tem
taxa de 4 Mbps. Vencer mesmo só Camarões, que, aliás, tem a pior velocidade de
internet na competição inteira.
Segundo Jonas
Silva, diretor geral da Akamai no Brasil, o Brasil escorrega em sua grande
inclusão digital e pelo grande avanço da
internet. Atualmente, 37 milhões de IPs únicos. Os números de protocolo
de internet são utilizados por todo aparelho conectado para navegar na
rede. Esse volume faz do Brasil o quinto maior detentor de IPs do mundo. E
beirando o quarto lugar, já que a Alemanha, ocupante do posto por enquanto,
possui 37,1 milhões de IPs. "Se a gente pudesse colocar mais de onze
jogadores, a gente ganhava fácil", brinca Silva. De um ano para o outro, o
crescimento no número de IPs no Brasil foi de 47%, um dos maiores do mundo.
O número de IPs
do Brasil indicam o gigantismo do país. Já o percentual de crescimento mostra
que a cada ano mais pessoas passam a navegar na rede. “Quem é incluído
digitalmente não parte de uma velocidade alta. Primeiro, ele quer descobrir o
que é a tal da internet. Depois que ele entra na internet que ele vê que pra
ver filme precisa de mais velocidade, para não ver o vídeo todo
picadinho. Ou seja, essa inclusão digital é que puxa nossas médias lá para
baixo”, explica.
Na ponta de
cima da tabela, está a Coreia do Sul, que desfruta de uma velocidade média de
21,9 Mbps. Completam os cinco primeiros lugares o Japão (12,8
Mbps), Holanda (12,4 Mbps), Suíça (12 Mbps) e Estados Unidos (10 Mbps).
No caso dos
quatro primeiro lugares, Silva explica que o tamanho do território ajuda, pois
é facilitada a implantação de fibras óticas, que transmitem sinal de banda
larga a altas velocidades. Conta também serem países desenvolvidos e
terem uma população com maior poder aquisitivo, aspectos que
também valem para os norte-americanos.
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No caso dos
EUA, que possui dimensões territoriais continentais, porém, conta ainda a maiorcompetição
entre as empresas que aumenta as opções para que os consumidores
migrem parapacotes de internet mais rápidos e baratos. "Também
há a disponibilidade em abundância de conteúdo. O Spotify chegou na semana
passada ao Brasil. Esses caras têm essas opções há muito mais tempo. À medida
que você vai colocando opções de entretenimento na internet, é
isso que faz a pessoa dizer: 'Puxa, eu preciso ter um negócio desses'",
comenta Silva.
Veja o ranking:
1) Coreia do Sul: 21,9 Mbps
2) Japão: 12,8 Mbps
3) Holanda: 12,4 Mbps
4) Suíça: 12 Mbps
5) Estados Unidos: 10 Mbps
6) Bélgica: 9,8 Mbps
7) Inglaterra (Reino Unido): 9,4 Mbps
8) Alemanha: 7,7 Mbps
9) França: 7,7 Mbps
10) Rússia: 7,4 Mbps
11) Espanha: 6,6 Mbps
12) Portugal: 6 Mbps
13) Austrália: 5,8 Mbps
14) Itália: 5,2 Mbps
15) Grécia: 4,9 Mbps
16) Croácia*: 4 Mbps
17) México: 4 Mbps
18) Bósnia e Herzegovina: 3,6 Mbps
19) Chile: 3,4 Mbps
20) Equador: 3,4 Mbps
21) Argentina: 3,1 Mbps
22) Uruguai: 3,1 Mbps
23) Colômbia: 2,9 Mbps
24) Brasil: 2,7 Mbps
25) Gana: 2,4 Mbps
26) Costa Rica: 2,1 Mbps
27) Honduras*: 2,1 Mbps
28) Costa do Marfim: 2 Mbps
29) Nigéria: 1,8 Mbps
30) Irã: 1,2 Mbps
31) Argélia: 1,1 Mbps
32) Camarões: 0,9 Mbps
2) Japão: 12,8 Mbps
3) Holanda: 12,4 Mbps
4) Suíça: 12 Mbps
5) Estados Unidos: 10 Mbps
6) Bélgica: 9,8 Mbps
7) Inglaterra (Reino Unido): 9,4 Mbps
8) Alemanha: 7,7 Mbps
9) França: 7,7 Mbps
10) Rússia: 7,4 Mbps
11) Espanha: 6,6 Mbps
12) Portugal: 6 Mbps
13) Austrália: 5,8 Mbps
14) Itália: 5,2 Mbps
15) Grécia: 4,9 Mbps
16) Croácia*: 4 Mbps
17) México: 4 Mbps
18) Bósnia e Herzegovina: 3,6 Mbps
19) Chile: 3,4 Mbps
20) Equador: 3,4 Mbps
21) Argentina: 3,1 Mbps
22) Uruguai: 3,1 Mbps
23) Colômbia: 2,9 Mbps
24) Brasil: 2,7 Mbps
25) Gana: 2,4 Mbps
26) Costa Rica: 2,1 Mbps
27) Honduras*: 2,1 Mbps
28) Costa do Marfim: 2 Mbps
29) Nigéria: 1,8 Mbps
30) Irã: 1,2 Mbps
31) Argélia: 1,1 Mbps
32) Camarões: 0,9 Mbps
G1
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