Cada um tem sua história, faz sua
própria história. Os fatos acontecem naturalmente, outros são moldados diariamente
e assim caminhamos seguindo o que chamamos de destino. Conheci Cláudio Paschoal
quando trabalhava nos Diários Associados. Ele havia passado pelo Diário da
Borborema, jornal do mesmo grupo de O Norte, no qual fui correspondente por
quase doze anos. Foram quase duas décadas de amizade, muitos bate-papo nos
quais falávamos de tudo um pouco, especialmente sobre as dificuldades do
exercício da profissão de comunicadores, a não valorização de uma profissão tão
importante para a sociedade. Foi um dos companheiros fundadores da atual AISP,
da qual também foi presidente.
Era um cara fácil, não gostava de
guardar mágoas de ninguém. Batalhador incansável. Teve que buscar a sua
sobrevivência e de sua família, mesmo distante dessa, que morava em Campina
Grande, em outro lugar. Patos foi seu segundo berço. Na radiofonia ganhou a
simpatia e respeito de muita gente. Buscava a informação. Sua maior batalha foi
contra o câncer. Acompanhei um pouco dessa história. A primeira percepção que
tive sobre a gravidade de seu problema, foi quando ele me falou de um tumor na
parte posterior de um rim. As crises o maltratavam muito. Daquele momento em
diante Deus passou a ser o centro de nossas conversas.
Sempre falava com esperança,
mesmo diante a triste realidade, a quimioterapia. Minhas conversas passaram a
acontecer por telefone, já que ele passou a receber tratamento em Campina. Queixava-se
dos efeitos da química que recebia, mesmo assim continuava a esperançoso, de
reviravolta, que poderia vencer a guerra contra o câncer.
Mas todos nós, nessa nossa rápida
passagem por este mundo, deixamos um legado para a posteridade. Que o de Cláudio
sirva de exemplo para aqueles que compartilharam um pouco de sua vida. Fé,
esperança, simplicidade, hombridade, respeito e tolerância ao próximo são
algumas qualidades desse amigo se vai, muito cedo por sinal, mas a vida é um
mistério. Espero que possamos um dia, quem sabe, nos encontrar noutra dimensão.
Meus sentimentos aos seus familiares e acredito que ele tenha se esforçado ao
máximo para ser um bom esposo, pai e avô.
Marcos Eugênio
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