Marcos Eugenio
Enquanto o jovem Albino Félix assume a
Prefeitura de Catingueira, o ex-presidente do Legislativo daquela cidade,
Josivan Marques, que comandou a Casa Severino Tibúrcio nos últimos dois anos, faz
um retrospecto do que foi sua gestão, o caos em que o município está
mergulhado, faz denúncias de malversação do dinheiro público pelo ex-prefeito
Edivan Félix e do rompimento com este.
Josivan citou algumas ações enquanto presidente
do Legislativo, como a modernização e reforma da Câmara. O acesso da população
às informações dos atos dos vereadores foi possível graças ao projeto que
instituiu transmissão das sessões ao vivo pela internet, inclusive com os
áudios arquivados na página para que qualquer pessoa possa fiscalizar os
parlamentares.
Disse que nos últimos dois anos o Executivo
tentou de todas as formas prejudicar os trabalhos do Legislativo. Um exemplo
desse conflito de poderes, apontado por Josivan, foi em relação ao repasse
obrigatório do duodécimo, previsto pela Constituição, que nunca era feito nas
datas certas, inclusive o de dezembro do ano passado, que foi preciso a Justiça
fazer o bloqueio do FPM para que a Câmara recebesse seu valor. “Nesses dois anos
na presidência da Câmara acho que o repasse até o dia 20, como deve ser feito,
tenha ocorrido apenas uma ou duas vezes. No mais era feito de pedaço e nos
últimos meses de 2012 o prefeito não queria fazer essa transferência”, explicou
o ex-presidente.
Apesar de não acreditar na administração de Albino
Félix, por este ter à sombra o ex-prefeito Edivan Félix, que teve um governo
desastroso, Josivan Marques diz que torce muito para que o município vença
tantos problemas que se acumulam ao longo dos últimos anos, como na saúde, que
chegou a ter casos de faltar material para um simples curativo e na educação aluno
desmaiar de fome por falta de merenda, fato destacado na imprensa paraibana.
Ele considerou muito bom o nível dos vereadores da oposição eleitos, que saberão
cobrar, fiscalizar o Executivo.
Josivan acusa Edivan de ter adquirido e pago um
aparelho de ultrasson 4D, ultramoderno, por mais de R$ 70 mil, mas só que o
aparelho jamais chegou à Catingueira. Fala também de uma unidade de saúde que
existe apenas no papel e que foi feito empenho, o dinheiro pago pelos cofres municipais,
soma que supera R$ 135 mil, mas que nem o terreno existe, no Assentamento
Condado.
Outra grave acusação é em relação a um convênio
celebrado pelo município com o governo federal no valor de R$ 1 milhão para a
construção de uma creche. “Os recursos vieram, a obra foi iniciada, mas só
restam algumas paredes em ruínas. Os recursos que foram desviados poderiam
estar servindo na qualidade da educação infantil de Catingueira”, lamentou.
Ele diz que os balancetes enviados por Félix à
Câmara eram fictícios, de obras realizadas por construtoras fantasmas, que vendiam
notas apenas para justificar despesas. Josivan foi eleito vereador há quatro
anos na coligação de Edivan Félix, mas rompeu com este quando o ex-prefeito não
quis abrir mão e resolver indicar um laranja (Albino Félix), assim fala o
ex-presidente da Câmara, que não concordava também com os atos do então gestor
municipal e manteve-se dele afastado.
O ex-prefeito de Catingueira, Edivan Félix, não
foi localizado para responder às acusações proferidas pelo ex-presidente da
Câmara Municipal de catingueira.
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