Inácio A. Torres
A eleição acabou e para trás, com ela, deverão ficar os dissabores,
as angústias e os desencontros. Agora, Vossas Excelências são prefeitas e
prefeitos de todos os munícipes de suas comunas. Ocuparão cargos de
quatro anos de mandato concedido pelo povo.
Logo, lembrem-se de cumprir os compromissos com as ideias e ideais apresentados na campanha. Lutem por um novo caminho. Um caminho de eticidade, de moralidade e de dignidade. Um caminho capaz de dar respostas satisfatórias aos anseios populares.
Esforcem-se para fazer um governo transformador, diferente e inovador. Um governo distanciado de escândalos e que traga soluções para os problemas sociais. Lutem por alternativas saudáveis para a promoção do bem comum de suas comunas.
O Brasil, apesar da existência de um vultoso mapa de corrupção, está mudando. Neste ano de 2012, tivemos acontecimentos memoráveis, como a aplicação da lei da Ficha limpa, o Julgamento do Mensalão e a constituição da Comissão da Verdade.
Portanto, caminhamos para uma época em que gestores não podem errar, tampouco deixar de ser transparente. Um momento histórico onde aqueles praticam tráfico de influência e desvios de verbas públicas estão indo para a cadeia.
Como diz um velho ditado: o poder aproxima adversários e distancia correligionários, algumas vezes edificando até inimizades. Portanto, muita cautela, sensatez e discernimento. Aja pela racionalidade, pela equidade e nunca pela emoção.
Desejamos que Vossas excelências sejam fortes e aguerridos e preparados para o bom combate. Que saibam orientar-se e orientar seus assessores e familiares diante das tentações que haverão de vir – e que serão muitas e de toda ordem - nessa nova empreitada.
Pondo a crença de que seja possível a realização de gestões eficientes e comprometidas com as causas em prol do povo sertanejo, insistimos recomendando o exercício das reflexões abaixo. Certamente elas serão úteis, sobretudo para os principiantes.
Primeira. Uma vez eleitos, as senhoras e os senhores serão prefeitos de todos os munícipes, por isso deverão dispensar tratamento justo e igual a todos os concidadãos, independente de que, na campanha, hajam sido correligionários ou opositores.
Segunda. Nunca esqueçam que o povo é o recurso mais importante e forte de seu município. O poder de Vossas Excelências fora dado pelo povo. E esse mesmo povo poderá tirá-lo.
Terceira. Não permitam, a quem quer que seja, utilizar dinheiro dos cofres públicos sem uma justa causa e aprovação legal.
Quarta. Utilizem como critérios para a indicação de assessores; a habilidade e a competência técnicas, a grandeza moral, a eticidade e a história pregressa individual do pretendente.
Quinta. Lembrem-se: nepotismo é crime. Aliás, o Conselho Nacional do Ministério Público, de forma pioneira e vanguardista, aprovou, em 05/09/05 resolução que coíbe a prática do nepotismo no âmbito da União e dos Estados, hoje extensiva aos municípios. Portanto, não nomeiem parentes de primeiro, segundo ou terceiro graus. Isso pode lhes causar desprestígio e embaraço jurídico. Pior ainda: desconfiança popular.
Sexta. Trate o patrimônio público com cuidado e zelo. Fuja de especuladores e de oportunistas. Uma regra de ouro é comprar e pagar tudo a vista e não atrasar salários dos funcionários. Prefeitos que assim procederam, obtiveram descontos de até 30% nas compras e ganharam a credibilidade e o respeito do povo.
Sétima. Procurem conhecer os funcionários e promovam a capacitação dos que demonstram maior interesse. Valorizem aqueles mais dedicados, responsáveis e qualificados. Paguem o salário justo e em dia e, sempre que possível, dirijam aos seus comandados uma palavra de estímulo e respeito.
Oitava. Usem sempre a racionalidade, a consciência profissional e sejam rígidos, mas como diz Che Guevara, nunca “percam a ternura” e, acrescentamos nós, a humanização.
Nona. Mantenham-se sempre sintonizados com os Governos Federal e Estadual e com prefeitos de municípios vizinhos. Essas parcerias devem ser sólidas, pois o município, o estado e o país deverão sempre estar acima de quaisquer desencontros ou picuinhas políticas.
Décima. Prefiram a palavra dura do justo à mentira amena do bajulador. O puxa-sacos de forma subserviente lhes adularão, mas ocultamente lhes trairão; são inimigos falsos e perigosos. Portanto, fujam deles.
Décima primeira. Sejam humildes nunca subservientes. Corajosos nunca arrogantes. E ser corajoso significa, quando necessário, aceitar até mesmo os estragos da impopularidade, do que ceder a desejos injustificáveis de políticos aproveitadores e interesseiros.
Décima segunda. Sejam parceiros das Câmaras Municipais e valorizem os vereadores emancipados, corajosos e justos. Um vereador manipulado é sempre um perigo para o executivo. É um traidor do povo, portanto, repila-os.
Décima terceira. Nunca confundam política com politicalha; pois conforme Rui Barbosa, a primeira “afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura e eleva o merecimento”. Já a segunda, não passa de um “jogo da intriga, da inveja e da incapacidade”.
Enfim, enquanto a política é “a higiene dos países moralmente sadios, a politicalha é a malária dos povos de moralidade estragada”.
Logo, lembrem-se de cumprir os compromissos com as ideias e ideais apresentados na campanha. Lutem por um novo caminho. Um caminho de eticidade, de moralidade e de dignidade. Um caminho capaz de dar respostas satisfatórias aos anseios populares.
Esforcem-se para fazer um governo transformador, diferente e inovador. Um governo distanciado de escândalos e que traga soluções para os problemas sociais. Lutem por alternativas saudáveis para a promoção do bem comum de suas comunas.
O Brasil, apesar da existência de um vultoso mapa de corrupção, está mudando. Neste ano de 2012, tivemos acontecimentos memoráveis, como a aplicação da lei da Ficha limpa, o Julgamento do Mensalão e a constituição da Comissão da Verdade.
Portanto, caminhamos para uma época em que gestores não podem errar, tampouco deixar de ser transparente. Um momento histórico onde aqueles praticam tráfico de influência e desvios de verbas públicas estão indo para a cadeia.
Como diz um velho ditado: o poder aproxima adversários e distancia correligionários, algumas vezes edificando até inimizades. Portanto, muita cautela, sensatez e discernimento. Aja pela racionalidade, pela equidade e nunca pela emoção.
Desejamos que Vossas excelências sejam fortes e aguerridos e preparados para o bom combate. Que saibam orientar-se e orientar seus assessores e familiares diante das tentações que haverão de vir – e que serão muitas e de toda ordem - nessa nova empreitada.
Pondo a crença de que seja possível a realização de gestões eficientes e comprometidas com as causas em prol do povo sertanejo, insistimos recomendando o exercício das reflexões abaixo. Certamente elas serão úteis, sobretudo para os principiantes.
Primeira. Uma vez eleitos, as senhoras e os senhores serão prefeitos de todos os munícipes, por isso deverão dispensar tratamento justo e igual a todos os concidadãos, independente de que, na campanha, hajam sido correligionários ou opositores.
Segunda. Nunca esqueçam que o povo é o recurso mais importante e forte de seu município. O poder de Vossas Excelências fora dado pelo povo. E esse mesmo povo poderá tirá-lo.
Terceira. Não permitam, a quem quer que seja, utilizar dinheiro dos cofres públicos sem uma justa causa e aprovação legal.
Quarta. Utilizem como critérios para a indicação de assessores; a habilidade e a competência técnicas, a grandeza moral, a eticidade e a história pregressa individual do pretendente.
Quinta. Lembrem-se: nepotismo é crime. Aliás, o Conselho Nacional do Ministério Público, de forma pioneira e vanguardista, aprovou, em 05/09/05 resolução que coíbe a prática do nepotismo no âmbito da União e dos Estados, hoje extensiva aos municípios. Portanto, não nomeiem parentes de primeiro, segundo ou terceiro graus. Isso pode lhes causar desprestígio e embaraço jurídico. Pior ainda: desconfiança popular.
Sexta. Trate o patrimônio público com cuidado e zelo. Fuja de especuladores e de oportunistas. Uma regra de ouro é comprar e pagar tudo a vista e não atrasar salários dos funcionários. Prefeitos que assim procederam, obtiveram descontos de até 30% nas compras e ganharam a credibilidade e o respeito do povo.
Sétima. Procurem conhecer os funcionários e promovam a capacitação dos que demonstram maior interesse. Valorizem aqueles mais dedicados, responsáveis e qualificados. Paguem o salário justo e em dia e, sempre que possível, dirijam aos seus comandados uma palavra de estímulo e respeito.
Oitava. Usem sempre a racionalidade, a consciência profissional e sejam rígidos, mas como diz Che Guevara, nunca “percam a ternura” e, acrescentamos nós, a humanização.
Nona. Mantenham-se sempre sintonizados com os Governos Federal e Estadual e com prefeitos de municípios vizinhos. Essas parcerias devem ser sólidas, pois o município, o estado e o país deverão sempre estar acima de quaisquer desencontros ou picuinhas políticas.
Décima. Prefiram a palavra dura do justo à mentira amena do bajulador. O puxa-sacos de forma subserviente lhes adularão, mas ocultamente lhes trairão; são inimigos falsos e perigosos. Portanto, fujam deles.
Décima primeira. Sejam humildes nunca subservientes. Corajosos nunca arrogantes. E ser corajoso significa, quando necessário, aceitar até mesmo os estragos da impopularidade, do que ceder a desejos injustificáveis de políticos aproveitadores e interesseiros.
Décima segunda. Sejam parceiros das Câmaras Municipais e valorizem os vereadores emancipados, corajosos e justos. Um vereador manipulado é sempre um perigo para o executivo. É um traidor do povo, portanto, repila-os.
Décima terceira. Nunca confundam política com politicalha; pois conforme Rui Barbosa, a primeira “afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura e eleva o merecimento”. Já a segunda, não passa de um “jogo da intriga, da inveja e da incapacidade”.
Enfim, enquanto a política é “a higiene dos países moralmente sadios, a politicalha é a malária dos povos de moralidade estragada”.
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