por Misael Nóbrega de Sousa
Foi enterrado, ontem, na cidade de Caicó, Rio Grande do Norte, José Cesário da Silva. Não era bem assim que o conhecíamos - Não por esse nome. Nenhum narrador já gritara "gooooool de José Cesário", mas, sim, "Que belo gol de 'Silva de Ouro'..." A simplicidade foi apontada como a causa da morte de "Silva de Ouro". Se não foi... Bem que poderiam colocar assim no obituário: "Morreu de tanta simplicidade". "De ouro" viveu como morreu... No ritmo de uma pedalada e outra. Caiu no centro da cidade quando voltava de um treino do Atlético Clube Coríntians, do qual era funcionário. Ainda tentaram reanimá-lo, mas Silva estava cansado... Talvez, os "exageros do boleiro", venham ser lembrados agora por alguns mais próximos... - Mas, naquela época, tudo era permitido. Então, estás inocentado, por causa disso, Silva de Ouro - E pelos deuses do futebol ídem. A voz engraçada com sotaque "carioquês", era a imitacão preferida de Miguel Félix. Silva vai viver, agora, Miguel, por você... A bandeira do Coríntians cobria o caixão; a nossa saudade feito flâmula, também; o obrigado de cada nacionalino; e o respeito de todos os escudos. Eu poderia pedir um minuto de silêncio, mesmo que no rádio parecesse estranho, mas, o bom e velho "José Cavalcanti", embora de cimento e concreto, já guarda o momento de agora, assim, calado. Então, que tal lembrarmos dos apupos da torcida, após um gol do craque nas tardes de futebol?. Acho que "Silva de Ouro" gostaria de se despedir assim... Valeu, Silva!
jornalista
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