Marcos Eugênio
Este foi um dos dados apresentados e comemorados pela direção do Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro na exposição de prestação de contas ocorrida na manhã desta sexta-feira 30 no auditório da Associação Comercial de Patos. Nos primeiros três meses do ano a média mensal superou os 10 mil atendimentos. Com a nova roupagem do classificação com risco essa média caiu pela praticamente pela metade.
Uma das presenças mais esperadas, do secretário estadual de Saúde, Waldson de Sousa, acabou não acontecendo, tendo em vista compromisso de ordem pessoal, fato devidamente justificado pelo gerente regional, Davi Nunes.
Representantes de diversas entidades conheceram a situação atual do Regional, ações ali implementadas em 2011 e projetos em andamento e que estão programados para 2012.
O diretor do Janduhy Carneiro, José Eliseu de Melo, falou sobre o processo de educação continuada, listando os cursos já oferecidos na busca de humanização do SUS, parcerias com Sebrae e Sesi, humanização essas que necessariamente precisa de profissionais qualificados, com maior sensibilidade aos problemas dos usuários.
Outro número do relatório é referente às internações, cerca de 8 mil este ano, com predominância do sexo masculino, o que levantou preocupação da direção, com ênfase ao grande número de vítimas de acidentes. “É importante trabalharmos mais a saúde do homem”, alertou Eliseu.
O HR de Patos possui hoje um quadro de 793 funcionários, com um corpo clínico de 109 médicos, 79 enfermeiros e mais de 200 técnicos de enfermagem. A implantação da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes foi um avanço, na visão do diretor, o que dará maior segurança para a atividade dos profissionais. Projetos como Mãos Limpas, com estrutura de pias para a higienização já presente em 80% das enfermarias, o Cura Brincando, uma terapia lúdica importante para a recuperação do paciente foram novidades de 2011.
Para 2012 estão previstos projetos como Hospital Odontologicamente Assistido, que visa prestar serviços de odontologia aos pacientes internos; Cirurgia segura, com investimentos nessa área para torná-la mais eficaz, reduzindo erros médicos e criação do Conselho Gestor, formada por várias entidades, que fiscalizarão todas as receitas e despesas realizadas pelo Hospital, um ação de transparência administrativa importante para a sociedade conhecer como são geridos seus tributos, segundo Eliseu. Todos os processos licitatórios serão acompanhados por esse Conselho.
Pactuação com os municípios entrou na discussão, quando foi mostrada a importância dela para ampliação dos serviços à população. Na apresentação foi citada também a abertura de 40 leitos, com as seis novas enfermarias e a exigência do INCA – Instituto Nacional do Câncer da abertura de outros 50 apenas para atender a demanda da Unacon – Unidade de Oncologia que será construída no Hospital de Patos.
Um dos projetos em andamento é a Unidade de AVC, que contará com equipe multiprofissional para atender pacientes vítimas de Acidente Vascular cerebral. Necessidades que o Hospital de Patos precisa alcançar foram elencados pelo relatório, como ampliação da UTI e do bloco cirúrgico, que não conseguem atender a demanda.
O gerente regional de Saude, Davi Nunes, após justificar a ausência do secretário Waldson, enalteceu a transparência da direção do Janduhy em expor suas contas, como também da implantação do Colegiado gestor, processo que acontece simultaneamente na 6ª GRS, instrumento que fortalece a política de assistência do SUS. Fez citações sobre a idéia de transformar o HR em Hospital Escola, absorvendo as vagas não preenchidas do curso de Medicina de Cajazeiras. Também demonstrou sua preocupação com o alto índice de pessoas atendidas no Regional de Patos vítimas de acidente no trânsito e pediu engajamento de todos na busca de meios que contribuam para a prevenção.
O diretor clínico do Regional, Klauber Marques, fez referência à UTI, apresentando estatística de redução de mortes nesse setor de 15%. Lembrou da greve dos médicos ocorrida no início do ano, quase um mês parados, e mesmo assim, não houve registro de nenhum óbito. Disse que a profissão médico é antes de tudo uma doação necessária e está acima de tudo, devendo ser posta em prática por todos.
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