Nilsão ao viol.ão (Foto:Josivan Antero - patosonline.com) |
Por Inácio A. Torres (pbnoticias.com)
Quando conheci Nilson estávamos na adolescência e, portanto, vislumbrávamos grandes sonhos reservados para o futuro de toda nossa geração. Sonhos promissores. Para isso, lutamos.
Ainda durante o curso científico, no Colégio Estadual de Patos, conversávamos bastante sobre músicas, poesias e escolha profissional. Lembro que um dia Geralda Medeiros, nossa professora de Português, dividiu a turma em equipes para fazer um trabalho de interpretação da música Zelão, de Sérgio Ricardo. Resultado: ficamos na mesma equipe, Nilson, Alaíde Costa, Conceição, Goreti e eu. Fizemos um trabalho exemplar, e obtivemos nota máxima.
Hoje, ao receber através de Carlito, a triste notícia do falecimento de Nilson, a primeira evocação que me veio foi exatamente a desse trabalho, cuja poesia dizia:
“Mas assim mesmo o Zelão
Dizia sempre a sorrir
Que um pobre ajuda outro pobre até melhorar”.
Esses versos sintetizam muito bem o perfil e a biografia de Nilson. Amigo, camarada, solidário, altruísta. Quem com ele conviveu sabe bem como era. Com certeza, Vavá, Honório, Carlito, Edmundo, Paulo Mororó, Bernardino, Edson do Vale, e tantos outros colegas universitários da época haverão de ratificar essa nossa opinião.
Como músico era excelente, um grande violonista e compositor. Seu compadre, o cantor Pinto do Acordeon, certamente reforçará esse nosso argumento.
Na Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências da Saúde, em João Pessoa, graduou-se em Farmácia-Bioquímica, retornando a Patos onde durante todo o tempo trabalhou com o Dr. Bosco Melquíades, nosso ex-professor de química e em instituições públicas de saúde.
Da última vez que nos encontramos, ele, Bernardino e eu conversamos muito sobre a vida universitária e fomos buscar saudades e lembranças memoráveis. Ele recebeu-nos com a mesma serenidade de sempre e discorreu sobre a doença que já lhe maltratava muito. E tudo dentro de uma resignação invejável, demonstração de uma fé elevada, grande força de espiritualidade e de esperança. Disse-nos do amor e da grande responsabilidade que tinha perante sua esposa e sua filha, sempre enfatizando que estava e vivia muito feliz.
Hoje, chega-nos a triste notícia de sua passagem para o céu e, ao pensar nessa sua viagem derradeira, veio-nos à memória, uma de suas composições apresentada em um dos maravilhosos festivais de música popular, acontecidos no velho Cine Eldorado, em Patos, cujo título reportava-se a um caminhar distante e luminoso que nada mais era que a ida para o “Colo da Virgem” – sem dúvida - Nossa Senhora da Guia, que agora o conduz para a mansão celestial em setembro, exatamente o mês de sua consagração.
comentários:
Carlito - 21 de Setembro de 2011 Adeus grande amigo. Com certeza irás cantar junto aos anjos e os teus amigos de verdade cá na terra rezaremos por você. Descanse em Paz. Um abraço forte.Carlito. |
Ritinha - 21 de Setembro de 2011 É uma grande perda, e estou muito triste. Fui colgas de todos vocês Inácio. Um beijo no coração. Ritinha. |
Isabel - 21 de Setembro de 2011 Quem não lembra de Nilso Batista no seu violão. A nossa convivência foi no Estadual junto com Inácio, Goreti, Ceiça, Aristela e tantos outros. Corei muito mas o seu texto Inácio confortou-me. Um beijo. Bel |
Genival - 21 de Setembro de 2011 Lamento muito a perda de nossa amigo Nilsão. São muitas as lembranaçs dele, paabéns por retratar tão bem essas lembranças Inácio. |
Edson - 21 de Setembro de 2011 Li e sinto muito pela morte de nosso amigo e irmão Nilsão, que Deus o tenha e que Nossa Senhora console toda a família dele.Você, Inácio, como sempre presente na alegria e tristeza nossa de cada dia. Um abraço. Edson |
Conceição - 21 de Setembro de 2011 Senti-me como se fosse ainda a nossa convivência no Colégio Estadual. A sua menagem Inácio confortará a família. Um abraço meu irmão, Ceiça. |
Janson - 21 de Setembro de 2011 Como fará falta a Patos a voz de Nilson.Muito bem companheiro Inácio, a sua homenagem sei que é verdadeira e sincera. Um abraço |
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