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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Maracatu é um dos maiores símbolos da cultura pernambucana


Por Marcos Eugênio (pbnoticias.com)
Na visita do pbnoticias ao Carnaval de Recife, começando na manhã do sábado 13, acompanhando lances do Galo da Madrugada, maior bloco carnavalesco do mundo, e à noite no Marco Zero, com vasta programação, dentre as atrações Lenine, Carlinhos Brow, Arnaldo Antunes, nossa reportagem pegou a estrada em direção ao município de Condado-PE. O longo engarrafamento causado pelas famílias que buscavam se refrescar nas praias do litoral norte; o calor estressante, apenas nos mostraram que o esforço seria mais que recompensando.
Chegamos a Condado, não o paraibano, mas localizado na Zona da Mata pernambucana, para assistir a uma das tradições culturais mais antigas e importante símbolo do Carnaval. Conversamos com alguns moradores dessa pacata cidade, muitos deles sobrevivem do corte da cana. Dentre os principais problemas da localidade citaram o abastecimento de água.
Mas voltamos para o foco de nossa reportagem, o Maracatu Baque Solto Leão de Ouro, comandado pelo sexagenário Severino Alexandre (Biu Alexandre). A raiz do maracatu está presa na herança, tanto lusitana quanto da cultura negra e indígena, tendo surgido de manifestações culturais da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Ganhou as ruas e tornou-se folguedo do carnaval.
Chegamos à Sede Cultural Cavalo Marinho Estrela de Ouro, fundada em 1970, que coordena o Maracatu Leão de Ouro (1979), um dos maiores símbolos do carnaval de Recife. Na ocasião os integrantes iam chegando aos poucos. De longe se escutava o som forte dos chocalhos. As crianças, mesmo aquelas que fazem parte do Leão de Ouro se aproximam, ficam curiosas e percebe-se nelas a vontade de querer usar a pesada indumentária colorida que fascina a todos. As baianas colocam suas vestes especiais no meio da rua, uma ajudando a outra.
O amor à tradição faz com que os muitos personagens dessa dança encenada esqueçam o forte calor, mesmo estando debaixo de pesadas vestimentas. Rei, rainha, duque, caboclos, mestres, orquestra, com tambores, instrumentos de sopro, que dão o tom dos movimentos intercalados pelo canto dos mestres, oferecem ali mesmo ao público do bairro, um grande show antes de embarcarem no ônibus para cumprir a vasta agenda em várias cidades pernambucanas. 

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