Na visita do pbnoticias ao Carnaval de Recife, começando na manhã do sábado 13, acompanhando lances do Galo da Madrugada, maior bloco carnavalesco do mundo, e à noite no Marco Zero, com vasta programação, dentre as atrações Lenine, Carlinhos Brow, Arnaldo Antunes, nossa reportagem pegou a estrada em direção ao município de Condado-PE. O longo engarrafamento causado pelas famílias que buscavam se refrescar nas praias do litoral norte; o calor estressante, apenas nos mostraram que o esforço seria mais que recompensando.
Chegamos a Condado, não o paraibano, mas localizado na Zona da Mata pernambucana, para assistir a uma das tradições culturais mais antigas e importante símbolo do Carnaval. Conversamos com alguns moradores dessa pacata cidade, muitos deles sobrevivem do corte da cana. Dentre os principais problemas da localidade citaram o abastecimento de água.
Mas voltamos para o foco de nossa reportagem, o Maracatu Baque Solto Leão de Ouro, comandado pelo sexagenário Severino Alexandre (Biu Alexandre). A raiz do maracatu está presa na herança, tanto lusitana quanto da cultura negra e indígena, tendo surgido de manifestações culturais da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Ganhou as ruas e tornou-se folguedo do carnaval.
Chegamos à Sede Cultural Cavalo Marinho Estrela de Ouro, fundada em 1970, que coordena o Maracatu Leão de Ouro (1979), um dos maiores símbolos do carnaval de Recife. Na ocasião os integrantes iam chegando aos poucos. De longe se escutava o som forte dos chocalhos. As crianças, mesmo aquelas que fazem parte do Leão de Ouro se aproximam, ficam curiosas e percebe-se nelas a vontade de querer usar a pesada indumentária colorida que fascina a todos. As baianas colocam suas vestes especiais no meio da rua, uma ajudando a outra.
O amor à tradição faz com que os muitos personagens dessa dança encenada esqueçam o forte calor, mesmo estando debaixo de pesadas vestimentas. Rei, rainha, duque, caboclos, mestres, orquestra, com tambores, instrumentos de sopro, que dão o tom dos movimentos intercalados pelo canto dos mestres, oferecem ali mesmo ao público do bairro, um grande show antes de embarcarem no ônibus para cumprir a vasta agenda em várias cidades pernambucanas.
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