O presidente da Energisa na Paraíba, Marcelo Rocha, anunciou hoje que a empresa está investindo na implantação de uma nova linha de transmissão de energia de Malta para Patos. Explicou que o empreendimento vai melhorar significativamente a qualidade do produto recebido pelos consumidores, bem como contribuirá para a diminuição das quedas de energia. Sobre a falta frequente de energia no período das chuvas diz que o fenônemo é provocado pela grande incidência de raios que atinge as redes elétricas e transformadores.
foto:garimpandopalavras
Um comentário:
A Energia que dói no bolso
Italo Salomão
Recentemente, ao realizar um breve “balanço” das minhas contas domésticas, pude me deparar com inúmeras despesas, as mais diversas possíveis, algumas delas extremamente necessárias, outras dispensáveis, contudo, uma delas me chamara mais à atenção: a conta de energia elétrica. Constatei que em menos de um ano o valor de minha conta de energia elétrica cresceu quase 100%, passando de 80 e poucos reais para mais 150 e tantos reais, dos quais quase a metade da conta é só de impostos. É imposto que não acaba mais. É alíquota de 20% só de ICMS, PIS, CONFINS e CIP, Contribuição de Iluminação Pública (o imposto mais absurdo, desnecessário e contestado do país, inclusive judicialmente) incrementam a fatura gerando um total de R$ 45,21 de impostos. Uma verdadeira farra às custas do consumidor. Dessa maneira, podemos então concluir que o valor da conta subiu devido também ao aumento no consumo de energia, certo? Certo. Contudo, sabemos que meses atrás houve um aumento, bastante duvidoso e questionado, concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, às Distribuidoras de Energia. Na Paraíba o reajuste, questionado pela OAB – Ordem do Advogados do Brasil e por parlamentares, foi de mais de 15% ao já alto preço praticado pela Energisa, entretanto, além disso, existem métodos, que são pouco honestos, utilizados por estas companhias. Esses métodos, pouco correto, consistem na realização de uma “vistoria”, fajuta, diga-se de passagem, feita por funcionários da empresa em que se constata poucos instantes depois de “analisado” o medidor que o mesmo está ou foi adulterado e precisa ser trocado. Após a troca do equipamento, no mês seguinte vem a surpresa: o cliente recebe sua fatura de energia em que há uma “recuperação de consumo”, ou seja, deve ser pago um valor além da conta, uma multa que às vezes não é nada barato e que dependendo do valor pode ser até divido na própria fatura de energia, em “suaves prestações”. Obtive informações de técnicos eletricistas, ex-funcionários da Energisa, de que o novo medidor de energia digital possui um comando que se acionado, no seu ato de instalação, pode aumentar a velocidade de medição do consumo de energia do imóvel ao qual pertence, possibilitando assim um constante aumento no valor da conta de energia, ou seja, mês a mês o valor da conta de energia só aumenta, independente de haver aumento no consumo. Vale ressaltar que a Energisa vem mobilizando seus funcionários em toda o Estado para a realização de vistorias e conseqüentemente às trocas de medidores de energia antigos por digitais.
Diante de todos os fatos, acredito que o slogan que mais se adequaria à distribuidora paraibana de energia devesse ser: ENERGISA: Escuro, Imaginação, Frustração. Ao menos se adequaria ao consumidor, claro.
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