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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Imunização adequada pode reduzir um quarto da mortalidade infantil



GENEBRA - Um quarto das mortes infantis poderia ser impedido com a imunização adequada das crianças, afirma o responsável por uma organização internacional de vacinação, que adverte que a crise econômica mundial pode trazer danos aos programas de saúde pública.
Julian Lob-Levyt, da Aliança Mundial para as Vacinas e a Imunização (Gavi, na sigla em inglês), acredita que a crise que afeta atualmente os mercados não vai atrapalhar, ao menos por enquanto, as doações que ajudam a sustentar os programas de vacinação organizados pela instituição.
Porém, o especialista adiantou que um aprofundamento da crise atual pode dificultar o fornecimento e a distribuição deste tipo de ajuda em países mais empobrecidos, principalmente na África e na Ásia.
Apoiada pela Fundação Bill & Melinda Gates e vários governos, a Gavi é uma das organizações mais atuantes na compra, armazenagem e distribuição de vacinas em países em desenvolvimento. Segundo Lob- Levyt, programas como os feitos pela Gavi já evitaram cerca de três milhões de mortes prematuras em todo mundo, protegendo as crianças de doenças como a difteria, sarampo, tétano, febre amarela e hepatite B.
- Nós conseguimos mostrar que há um mercado para vacinas mesmo nos países mais pobres. Mobilizamos muitos fabricantes, não só no Ocidente como em outras partes do mundo, como a Índia. Com isso, asseguramos o fornecimento contínuo e ainda ajudamos a baixar o preço das vacinas - diz o especialista.

De acordo com a instituição, entre 20% e 25% das nove milhões de mortes infantis anuais poderiam ser prevenidas se houvesse um programa mais eficaz de imunização que incluísse não só a primeira vacina, como também o seu reforço.
- Poderíamos reduzir em um quarto a taxa anual de mortalidade infantil apenas com campanhas de vacinação. É um dado assombroso, principalmente quando percebemos que a vacina não só previne a morte, como também as seqüelas graves de doenças como a meningite, que incluem surdez e problemas neurológicos - afirma Lob-Levyt .
Apenas fornecer vacinas não é o suficiente, assinala Lob-Levyt. Ele afirma que a organização, assim como outras, tem que lidar diariamente com a escassez de médicos, seringas e geladeiras, assim como de meios de transporte que possam levar a medicação para áreas mais remotas.
- Em épocas em que o dinheiro para o desenvolvimento está curto, todos temos que trabalhar de forma mais eficiente para não descuidar da saúde pública - conclui.
Reuters (Globo)

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