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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Nacional x Esporte: o clássico da virada

Uma partida de tempos completamente opostos. O primeiro tempo para o Esporte e o segundo do Nacional. O maior clássico sertanejo foi marcado por muita tensão e emoção do começo ao fim e um placar folgado no final para o Verdão, que devolveu a derrota para o Sousa justamente em cima do seu arquiinimigo, 3x1. Mas a história desse jogo teve no seu primeiro capítulo um enredo bem diferente, em que o Patinho parecia que venceria com folga, mostrando total superioridade contra seu histórico rival. O Esporte não tomou conhecimento do Nacional e jogando fácil, marcou logo aos 12 minutos através de Rosivaldo, que recebeu um passe de frente para o goleiro Wallace e colocou no canto sem chances, abrindo o placar. Aos 29 minutos, em mais uma boa descida do Esporte, uma bela tabelinha por Miltinho e Rosivaldo, deixando a defesa nacionalina desesperada, o zagueiro Junior dividiu com o capitão Miltinho e o árbitro entendeu que houve pênalti, que não existiu, e ainda aplicou amarelo para o camisa 3 do Nacional. Rosivaldo cobrou fraco e Wallace defendeu. O primeiro tempo foi até aos 49 minutos.

Na volta para o segundo o Esporte, que havia perdido boas chances de ter liquidado a partida, veio sonolento, totalmente diferente do que tinha apresentado nos primeiros 45 minutos de jogo. O Nacional, que ainda está devendo um bom futebol para sua torcida, fez o contrário e tomou conta do espetáculo. Com um time mais solto e aguerrido, ocupou com sabedoria as brechas deixadas pelo Esporte e foi pro ataque. Foi a vez do atacante nacionalino Paulinho Guerreiro, que esteve apagado no primeiro tempo, mostrar seu oportunismo, empatando em 1x1 logo aos 8 minutos da etapa final, chutando forte da entrada da área, não dando chances ao goleiro Alberto. O Esporte continuou muito apático, como explicou ao Garimpando Palavras o técnico Washington Lobo no final da partida, e Paulinho Guerreiro, que não tinha nada com isso, mostrou mais uma vez sua presença e três minutos depois, aos onze minutos, fez mais um, colocando o Nacional na frente do placar.
O Esporte tentou reverter o resultado e teve que sair, se expor mais. O Verdão saia sempre nos contra-ataques, de forma bastante perigosa, aproveitando bem os espaços deixados pelo meio-campo do Patinho, cuja defesa ficava constantemente desprotegida. Tanto o é que Paulinho perdeu um gol incrível e aos 45 minutos Dinho fez uma linda cobrança de falta. A bola bateu no travessão e ficou quicando quase que em cima da linha. O atacante Cristóvão, que havia entrado a poucos instantes no lugar de Téo (ex-Guarabira), só fez empurrar para os fundos da rede, fechando o placar em 3x1 para o Nacional, mantendo um antigo tabu do Esporte de nas últimas edições do Campeonato Paraibano não vencer seu maior rival.
As torcidas tiveram um comportamento exemplar em mais uma clássico envolvendo Nacional e Esporte. Quanto à arbitragem, Walfredo Lira, auxiliado por Renato Soares e José Carlos da Silva, apesar do pênalti mal marcado e de alguns outros lances, sem relevância, não interferiu no resultado final do jogo. Para o comandante do Nacional, Samuel Cândido, sua equipe mostrou superação e soube sair de um placar adverso com muita garra, dando alegria a sua torcida. Considerou a vitória bastante importante na luta pela classificação do quadrangular. Washington Lobo lamentou muito o pênalti perdido pelo Esporte, bem como pelos atletas não terem seguido suas orientações. Afirmou que o momento agora é de corrigir os erros e tentar ganhar pontos fora de casa. “Mesmo a situação não sendo das melhores, há chances do Esporte conseguir ir para o quadrangular do primeiro turno”, acrescentou Lobo.

O jogo, de pouco mais de 4 mil pagantes e uma renda de R$ 17.580,00, mostrou que em se tratando de clássico é difícil apontar um favorito. O Esporte vinha com maior volume de jogo, de uma vitória sobre o Botafogo da Capital e o Nacional o reverso, havia amargado derrota de 3x1 para o Sousa na rodada anterior e com um futebol de fazer dó. Depois do jogo Nacional recebeu o troféu Gabriel Luiz Gomes (Gabi), oferecido pela Prefeitura Municipal. Tomaram amarelo pelo Nacional: Nunes, Buique, Teo, Wander e Gilmazinho (vermelho). Pelo Esporte: Alan. Washington, Rosivaldo e Daniel (vermelho). Ao fim da partida Nacional recebeu o troféu oferecido pela Prefeitura Municipal. Pela sexta rodada do Campeonato Paraibano, próximo domingo 17, Nacional encara o Treze em Campina Grande e o Esporte a Desportiva, jogo a ser disputado em Patos, no José Cavalcanti.

fotos:garimpandopalavras

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