Shirleyanne Brasileiro |
Técnicos do Núcleo de Economia da
Saúde do Governo do Estado da Paraíba vieram a Patos nesta quarta-feira 20 como
facilitadores de uma capacitação oferecida a diretores de dez hospitais
sertanejos, ocorrida no auditório da 6ª Gerência Regional de Saúde. O objetivo
foi treinar os dirigentes no Programa Nacional de Gestão de Custos, a fim de
permiti-los conhecer a realidade financeira de tudo quanto é investido na rede
hospitalar.
Com esse treinamento os
administradores hospitalares e diretores técnicos poderão conhecer os valores
finais dos procedimentos, serviços oferecidos à sociedade, melhorar o orçamento
e aprimorar o atendimento. “Nós queremos, enquanto gestão, conhecer quanto
custa uma internação de um paciente no SUS. Saúde não tem preço, mas tem custo
e efetivamente nosso maior cuidado é melhorar o orçamento e a locação de seus
gastos”, explicou Shirleyanne Brasileiro, coordenadora do Núcleo de Economia da
Saúde do Governo da Paraíba.
Ela comentou que uma das
preocupações do governo é com os gastos em saúde da região. Para isso está
sendo formado um colegiado com a participação dessa rede hospitalar, que recebe
capacitação técnica para fazer a aplicação dos custos em cada unidade. Segundo
Shirleyanne, a meta é capacitar todos os 38 hospitais, UPAS e gerências
regionais na aplicação de seus custos.
Ela informa que a Paraíba é um
dos estados brasileiros que tem uma das piores transferências de recursos
federais para aplicar em saúde. Isso leva o Estado, que vem investindo bastante
de seu tesouro, a procurar conhecer os cursos de suas unidades. “A preocupação
da Secretaria de Saúde é melhorar seu orçamento. Para melhorar sua dotação é
preciso conhecer seus custos e levar para uma discussão federal o que entra de
contrapartida e quanto o tesouro estadual investe”, disse Shirleyanne.
Nessa gestão de recursos, através
do sistema de acompanhamento contábil, os hospitais terão condições de informar
valores de todos os serviços, elaborar seu orçamento em cima dos custos
apurados e planejar melhorias para os usuários, como implantação de novos
serviços, aquisição de mais equipamentos.
Sobre os municípios que usam
determinados serviços hospitalares, a exemplo do que ocorre no Hospital Regional
de Patos, que recebe pacientes de mais de 80 municípios da PB, PE, RN, mas muitas
vezes acaba não recebendo pelo atendimento, de acordo com Shirleyanne, esses
municípios agora vão perceber, a partir da apresentação dos dados contábeis, o impacto
do que o Governo do Estado tem investido.
“Os municípios efetivamente têm
autonomia do recurso. É preciso que o município compreenda que para a gente
chegar à necessidade em saúde, ter uma melhor rede definida em saúde, precisa haver
uma discussão e distribuição adequada desse dinheiro”, acrescentou a técnica do
Núcleo de Economia.
O Governo Federal tem a
preocupação de saber dos custos para redefinir as pactuações de financiamento.
Hoje a Paraíba se destaca no quesito transparência pública, sendo o único
estado em que o governador afirmou querer ter a gestão de custos, segundo a
técnica, possuindo a maior rede hospitalar (21 unidades) com a implantação do Programa
Nacional.
Para aperfeiçoar a saúde pública,
com mais eficácia da aplicação dos recursos, a fim de oferecer melhores
serviços, Shirleyanne diz ser necessário maior comprometimento dos gestores e
entendimento técnico, para que saibam diferenciar custos de orçamento. Explica que
o Legislativo necessita conhecer o custeio de suas unidades hospitalares, os
critérios de rateio para a saúde, já que não adianta vir dinheiro se não se
sabe como melhorá-la.
Ascom
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