Um município que decreta estado
de emergência (mesmo que não decrete) devido às consequências nefastas da
seca, mas, ao mesmo tempo, torra dinheiro com festas e mais festas, e toma
gasto público, não está entrando em uma grande contradição? Não é uma grande
incoerência?
Numa região notadamente marcada
pelas graves consequências de longas estiagens, é ético, é cristão, é humano,
promover festas com o dinheiro público? É justo direcionar somas elevadas de
dinheiro para gastar com propagandas, palcos, bandas e cantores, quando o povo
sofre com o drama da seca?
Neste contexto clamoroso,
angustiante, a vida humana deve ter primazia, e não festas com seus gastos
exorbitantes.
Deve haver festa junina? Sim,
deve, porém, sem gastos excessivos. Até questionaria: por que não fazer as
festas com o potencial cultural que o município dispõe, como forrozeiros com
seus instrumentos peculiares: sanfona, zabumba, pandeiro e triângulo?
Fazer as festas juninas com esses
artistas regionais, não seria um resgate da nossa verdadeira cultura sertaneja?
Não sou contra as festas
juninas. Sou contra os gastos com bandas e mais bandas em detrimentos de
milhares de sertanejos que sofrem com as sequências da seca.
A pergunta que não quer calar:
gastos com festas e mais festas combinam com seca?
Está lançada a campanha: gastos
com festas não combinam com seca.
Padre Djacy Brasileiro, em 21 de
maio de 2015.
E-mail: padredjacy@hotmail.com
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