Gerlane Carvalho |
A Secretaria de Estado da Saúde
da Paraíba ofereceu nesta quinta-feira 09 em Patos uma capacitação em
tabagismo, evento direcionado a coordenadores da Atenção Básica, de
epidemiologia, do NASF, médicos, enfermeiros, psicólogos da macrorregional
Patos, tendo como local o auditório do Sebrae.
Houve apresentação do Programa
Nacional de Controle do Tabagismo pela chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não
Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde/PB, Gerlane Carvalho de
Oliveira. Ela detalhou como o programa, cuja adesão ocorre através do PMAQ –
Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica,
deve ser implantado e trabalhado nos municípios.
Na Paraíba 196 municípios fizeram
adesão ao programa, porém são poucos que o mantém em funcionamento, mesmo
recebendo a medicação destinada pelo Ministério da Saúde para o tratamento dos
fumantes. Por isso, segundo Gerlane, se faz necessário essa qualificação para
que essas localidades ponham em prática as atividades que visam incentivar os
fumantes a parar de fumar. O tabagismo é apontado pela OMS como maior causa de
mortes evitáveis no mundo. O Governo da Paraíba trabalha com estimativas de que
12% da população seja ou será fumante.
A chefe do Núcleo de Doenças e
Agravos disse que a dificuldade dos profissionais de saúde estarem implantando
o programa se deve à falta de informações, já que houve uma rápida expansão,
mas o Ministério da Saúde não explicava da necessidade da formação. “A SES já
sabia da necessidade de capacitar essas equipes e por isso vem oferecendo seu
apoio, colaborando para que elas conheçam como aplicar as atividades com os
dependentes à nicotina”, explicou.
Sobre a medicação oferecida aos
usuários que se cadastram no programa, Gerlane Carvalho diz ser importante os
municípios informarem trimestralmente o quantitativo de estoque em suas
unidades, quantos pacientes pretendem atender no próximo trimestre, para que
tenham um controle em nível de ministério para saber da demanda e de quanto
será utilizado.
Ela ressalta que o Programa de
Controle de Tabagismo não se limita à prescrição e distribuição de medicamento
pra quem é fumante. “Existe uma programação que trabalha a abordagem em
sessões, a pessoa ser encaminhada ao médico, passar por avaliação. O paciente
tem que entender não apenas dos malefícios do cigarro, mas que precisa ter
força de vontade para parar de fumar. É uma questão de mudança de comportamento”,
enfatizou Gerlane.
Os presentes à capacitação, cerca
de 170 pessoas de 48 municípios, assistiram palestra com o médico psiquiatra, Jaildes
Paiva Felismino, que falou sobre a epidemiologia que envolve o cigarro,
patologias, causas, consequências e estatísticas de óbitos por doenças
provocadas pelo tabagismo. “Hoje morre-se mais de doenças causadas pelo consumo
do cigarro que por acidentes de trânsito. São mais de três milhões por ano”,
informou.
Marcos Eugênio (6ªGRS)
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